Quarta-feira, 11 de junho de 2025 - 09h55
AUTOFAGIA
A cada dia a relação entre o governador Marcos
Rocha e seu vice Sérgio Gonçalves fica de mal a pior. Na medida que se
aproximam as eleições de 2026, as pretensões de Rocha em disputar uma vaga
senatorial e Gonçalves a sucessão governamental estão cada vez mais difíceis
devido a uma autofagia que azedou este convívio, principalmente após a
defenestração de Junior Gonçalves da Casa Civil, e que se aprofunda com
acusações de supostos malfeitos ocorridos no âmbito governamental.
VIAJANDO
A coluna ouviu um relato de um deputado estadual
sobre as viagens do governador Marco Rocha que, se tornado público, abala em
muito o bordão sobre valores cristãos e familiares forjado pelo espectro
ideológico ao qual o governador se filiou para vencer duas eleições.
TRAGÉDIA
O que está acontecendo nas hostes governamentais é
um replay da deterioração de um grupo que por sete anos se manteve coeso e
fechado na administração estadual e que começa a ruir em razão dos interesses
agora contrariados. É também o começo do fim de um grupo que não soube conter
os egos superlativos que afloraram, na medida que perceberam que o poder é
finito e cada qual que salve o seu glúteo. Essa repetição autofágica da
política é bem conhecida aos olhos dos observadores e o epílogo não raro é uma
tragédia anunciada.
REAÇÃO
Junior Gonçalves, ex faz tudo do governo, tem dito
por aí que vem sendo alvo de membros do grupo ao qual foi um dos seus
comandantes e que vai reagir aos ataques apontando os algozes e as razões pelas
quais querem lhe aniquilar moralmente.
SOPAPOS
Na história da literatura política, a briga entre
membros da mesma organização revela muito mais coisas do que a imaginação popular
alcança. E nessa confusão que se instalou em Rondônia, cabe a este cabeça chata
torcer pela briga porque somente assim será possível conhecer a verdade e a
‘verdade salvará’... (pelo menos os interesses da população).
SENADO
Há três coisas que não voltam atrás: a flecha
lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida. Esta frase é um provérbio que
alerta para a importância de pensar antes de agir, falar e aproveitar a
oportunidade.
TRADUÇÃO
Uma vez a flecha atirada, não há como mudar de
direção. O mesmo se aplica a ações e decisões que são tomadas sem reflexão,
visto que as consequências são imprevisíveis. A palavra, quando
pronunciada, não pode ser apagada ou recolhida. Uma vez falada, mesmo que o
arrependimento surja ao meio do caminho, sua sonoridade já fez o efeito
desejado. E a oportunidade quando perdida é a prova cabal de que o tempo é
finito. Faltou ao governo de plantão traduzir o provérbio e aplicar com cautela
aos seus membros. Hoje, o que assistimos em público, é um bando de gente
atirando um contra o outro e que se comentava apenas em privado. Aguardemos,
pois, este final autofágico dos governistas.
REFLEXOS
Junior Gonçalves foi coordenador da campanha de
reeleição de Marcos Rocha e responsável por contratar e pagar todas as despesas
do pleito e é, portanto, depositário de informações que poucos na campanha
tiveram conhecimento, incluídos aí o candidato. Fustigar ele com vara curta
para força-lo recolher o flap não é a estratégia mais inteligente a ser
adotada. Em conversa informal com a coluna ele revelou que vai reagir as
acusações e estuda fazer uma live para explicar os fatos. Os reflexos desta
guerra declarada pelos governistas contra seu principal articulador das da
reeleição são imprevisíveis.
FARPAS
A última ligação entre o prefeito Léo Moraes e o
deputado federal Maurício Carvalho não foi um diálogo de elogios. O prefeito da
capital não gostou da acusação que o parlamentar fez nas mídias sociais de que
inaugura obras com emendas da sua autoria e da irmã sem citar seus nomes.
BOICOTADO
Léo não gostou da acusação e ligou direto ao
Maurício e travou uma fala sem meias palavras com adjetivos impublicáveis.
Segundo o prefeito, a toda obra na capital oriunda de emendas parlamentares
será dado o crédito ao autor porque ele, quando deputado federal, colocou
emendas para Porto Velho e foi boicotado pelo ex-prefeito nas inaugurações.
POPULARIDADE
A coluna obteve acesso a duas pesquisas que
tabularam os números dos principais prefeitos rondonienses e que revelam o
excelente desempenho que estão tendo em suas administrações os prefeitos Léo
Moraes (PVH), Adailton Fúria (Cacoal) e Flori Cordeiro (Vilhena). Com os três
com popularidade nas alturas, os dois últimos ensaiam renunciar aos
mandatos em abril do próximo ano para disputarem as eleições estaduais.
IMPOPULAR
Quem não anda muito bem entre os eleitores é o
prefeito de Ji-Paraná, Afonso Cândido. Assumiu uma prefeitura destroçada por
uma administração desastrada e envolta em escândalos, mas Afonso está sendo
incapaz de consertar o estrago. Razão pela qual é o prefeito menos
avaliado entre os eleitos.
RESSOA
A reação do bolsonarista Bruno Scheid a uma
entrevista do ex-senador Valdir Raupp ao programa “Dinos”, na SIC TV, demonstra
que uma fala do ex-senador ainda ressoa na política estadual.
BOLHA
Ao ouvir a crítica de Raupp de que a candidatura ao
Senado tem como única e exclusiva intenção cassar ministros da Suprema Corte,
Scheid foi às redes sociais para declarar à “bolha” que o senador tem a mais
absoluta razão e que a principal tarefa é cassar mesmo ministros do STF, caso
seja eleito senador. Bruno Scheid é o mais novo pupilo em Rondônia de Jair Bolsonaro
e tem seu apoio irrestrito para a disputa.
RETROCESSO
Na hipótese de Bruno Scheid ser eleito, Rondônia
passa a ceder mais um senador aos interesses bolsonaristas a despeito dos
interesses do povo rondoniense uma vez que, Jaime Bagatolli, atualmente
senador, é uma nulidade como parlamentar para os interesses estaduais e um
prócere defensor das pautas da ‘bolha’ bolsonarista que atua em nível nacional
sobre costumes e comportamentos. Tais pautas políticas não refletem as
pautas desenvolvimentistas essenciais à economia estadual.
CINISMO
Quem assistiu ao depoimento do ex-presidente Jair
Bolsonaro ao ministro Alexandre Moraes percebeu a forma pela qual o capitão
trata hoje com desprezo os insurretos que ocuparam a frente dos quartéis para
impedir a posse do presidente Lula. Bolsonaro chamou aqueles extremistas de
malucos, morfologicamente tascou a maluquice dos seguidores na forma adjetiva e
substantiva. Já o pedido formal de desculpa ao ministro do STF soou como
cinismo. Os malucos merecem o mito que possuem. E o mico em que se transformou
a tentativa de uma insurreição tupiniquim.
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