Quarta-feira, 19 de julho de 2023 - 10h08
Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) acatou recomendação do
Ministério Público Federal (MPF) e não fará nenhum tipo de intervenção nas
áreas da Fazenda Brasil Fronteira (ou Fazenda Riozinho), localizada no Município
de Pimenteiras do Oeste (RO), onde foram identificados sítios arqueológicos. No
local, foram encontradas urnas funerárias e fragmentos cerâmicos que
caracterizam potencial cemitério do povo indígena Guarasugwe. O Instituto tem
30 dias úteis para informar as medidas efetivamente tomadas para o cumprimento
da recomendação.
Segundo a
recomendação, de autoria do procurador da República Leonardo Trevizani,
fiscalização técnica do Iphan, realizada em julho de 2018 na Fazenda Brasil
Fronteira, constatou a existência dos materiais arqueológicos na área de uma
pista de pouso de aviões de pequeno porte. Além disso, em um trabalho
independente realizado pelos proprietários da fazenda, foram localizados outros
dois sítios arqueológicos.
A partir do
relatório de fiscalização do Iphan, o MPF instaurou procedimento para
acompanhar as medidas voltadas à delimitação e preservação desses materiais. No
decorrer das apurações, o MPF tomou conhecimento das tratativas realizadas pelo
Iphan a fim de firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com os
proprietários da Fazenda Brasil Fronteira. Por esse termo, os proprietários
seriam responsáveis, entre outras atividades, por identificar, registrar,
avaliar, escavar, datar e analisar os sítios arqueológicos associados aos
Guarasugwe, por meio de atividades de levantamento, escavação, análise e
curadoria arqueológica.
Ocorre que a
propriedade da Fazenda Brasil Fronteira é objeto de discussão em pelo menos
duas ações civis públicas, sendo uma referente à demarcação da Terra Indígena
Guarasugwe, e outra que requer a declaração de inexistência de títulos de
propriedade e a consequente anulação e cancelamento das matrículas. Daí a
necessidade de paralisar qualquer atividade nas áreas correspondentes aos
sítios arqueológicos.
O MPF também
recomendou que o Iphan negue autorização aos proprietários da fazenda para
realizar intervenções nos locais onde se encontram os artefatos relacionados ao
povo indígena. O Instituto deve, ainda, estabelecer um perímetro de segurança
nessas áreas.
Procedimento
1.31.003.000145/2020-19
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