Quarta-feira, 15 de novembro de 2017 - 16h12
Por Júlio Olivar
Em 1889, ano da proclamação da República, o mato-grossense Cândido Mariano da Silva Rondon era ainda um alferes-aluno da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Estava com 24 anos e foi designado portador do ato oficial dirigido à Marinha dando conta de que, naquele 15 de novembro, o País passaria a ser uma república; passaria a ser oficialmente denominada Estados Unidos do Brasil pela Constituição de 1891.
Fiel discípulo de Benjamin Constant (ministro da Guerra e Educação à época), morto um ano e dois meses depois da proclamação, Rondon o definia como "o mentor e fundador da República" e foi ele também o influenciador do jovem militar na adoção, mais tarde, da Igreja Positivista à qual ele professou sua crença até o fim de seus dias.
Dois meses após a proclamação da República, Rondon conquistou a patente de primeiro-tenente de artilharia, por serviços relevantes à Proclamação da República. A oficialização foi publicada no mesmo ato em que o primeiro presidente do Brasil, Marechal Deodoro, foi promovido a Generalíssimo e Constant a general, em 7 de janeiro de 1890. A reverência ao mestre era tão imperante que o único filho homem de Rondon foi batizado Benjamin. Há, hoje, um bisneto dele também com esse nome.
Ainda em 1890, Rondon fez-se bacharel em Ciências Físicas e Naturais na Escola Superior de Guerra; professor de Astronomia, Mecânica Racional e Matemática Superior. Neste mesmo período, o atual patrono de Rondônia começou seu trabalho heroico de expansão das linhas telegráficas que o fez andar pelos sertões o equivalente a duas voltas ao Planeta Terra. Foi indicado três vezes ao Prêmio Nobel.
Portanto, hoje, 15 de Novembro, lembro da figura do grande republicano brasileiro e, oficialmente, Herói da Pátria Marechal Rondon, cujo nome o estado de Rondônia (significa Terra de Rondon) homenageia. Até na lápide de seu túmulo consta o pensamento positivista, de Augusto Comte, que inspirou os principais articuladores da proclamação da República e também o lema presente na nossa bandeira nacional: Ordem e Progresso (originalmente, deveria ser Amor, Ordem e Progresso, tal qual no túmulo de Rondon: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim" (em francês, L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but.).
Júlio Olivar é escritor, presidente da Academia Rondoniense de Letras e superintendente estadual de Turismo em Rondônia.
“O eleitor brasileiro vota para passar quatro anos arrependido”
A frase que dá título a este artigo é do brilhante advogado Clênio Amorim Corrêa ao comentar recente colaboração de minha autoria. Não sem motivo es
Câmara de Porto Velho terá a maior renovação de sua história
Se os números das recentes pesquisas eleitorais estiverem certos, tudo indica que a Câmara de Vereadores de Porto Velho terá a maior renovação de su
Ainda sobre o vídeo dos purificadores de água
Em minha recente colaboração, comentei sobre um vídeo em que Felipe Neto aparece pedindo pix de R$ 4,8 milhão para comprar purificador de água da ma
Projeto de Tratado em detrimento dos Direitos humanos e das Liberdades fundamentais Na próxima Assembleia Mundial da Saúde, em 27 de maio, será votado