Quarta-feira, 23 de abril de 2025 - 12h05
A morte do Papa Francisco neste mês de abril de
2025 pode desencadear, como sempre, mais uma luta dentro da Igreja católica
para a escolha do novo Sumo Pontífice. Jorge Mario Bergoglio, o papa argentino,
que liderou os católicos por 12 anos, deixa marcas indeléveis na Igreja
católica do mundo inteiro e que o credenciaram como “o papa dos pobres e dos
humildes”. O nome Francisco foi uma singela e até justa homenagem a São
Francisco de Assis, o santo conhecido como o protetor dos animais, dos doentes
e também das pessoas em situação de pobreza. Fala-se que o Santo Padre teria
lutado contra a ditadura militar em seu país natal ao ajudar na fuga de pessoas
perseguidas por aquele regime sanguinário. O líder maior dos católicos apenas
seguiu o que sempre deveria ser a verdadeira Igreja de Jesus Cristo: estar ali
ao lado de todo cidadão pobre e necessitado.
Jesus
Cristo, indiferente ao fato de que foi um enviado ou até mesmo o único filho de
Deus, viveu toda a sua vida lutando contra as injustiças, a opressão e o
domínio político das elites poderosos de seu tempo. Jesus era comunista, pois
estava sempre ao lado dos mais humildes. O “Filho de Deus” sempre esteve
rodeado de pessoas pobres, de prostitutas, de pescadores, de homens simples e
também de cidadãos perseguidos pelo poder político e econômico da Terra Santa,
que era ligada e só obedecia à Roma dos Césares. Jesus não tinha riquezas, não
tinha bens, não tinha Igrejas e nem tinha terras. Foi perseguido, preso,
torturado, crucificado e morto porque ousou desafiar o poder de Roma. E mais, o
seu calvário se deu em parte porque Ele usava como “arma” maior o amor e o
perdão e não a vingança e o ódio. Isso irritava os poderosos, que terminaram
por matá-lo.
Por isso, guardadas as devidas proporções, muitas
ações do Papa Francisco se assemelhavam muito às do próprio Jesus Cristo. Mas
essa sua postura ideológica de “preferência pelos pobres” sempre irritou as
elites reacionárias e da extrema-direita mundo afora. No Brasil, por exemplo,
nós temos o Padre Júlio Lancelotti, que também fez esta opção pelos mais
necessitados. O Vigário de Cristo chegou a ligar para o padre de São Paulo
algumas vezes para parabenizá-lo por este magnífico trabalho em favor dos mais
carentes. Isto, óbvio, deixou muita gente irritada. Principalmente os mais
poderosos e também os chamados “pobres de direita”. Francisco não se encontrou
com o ex-presidente Bolsonaro, mas se referiu a ele uma vez: “Peço a Nossa
Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo do Brasil, que o livre do ódio,
da intolerância e da violência”.
Em uma entrevista à rede argentina C5N, exibida em
2023, o representante maior dos católicos afirmou que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva havia sido condenado e preso sem provas e que a ex-presidente
Dilma Rousseff tinha as “mãos limpas”. Mesmo assim, a presidenta do Brasil
sofreu em 2016 um vergonhoso processo de impeachment por “causas desconhecidas
e inventadas”. Deus também pode ser uma entidade de esquerda, já que não quer
injustiças, não quer a exploração do homem pelo homem, não permite a acumulação
de riquezas, é contra a miséria e o sofrimento de seres humanos criados à sua
imagem e semelhança. Por isso, Ele certamente abominaria o capitalismo, o ódio
e a violência, que são máximas da extrema-direita reacionária. Dessa forma, a
escolha do novo Papa poderia seguir a mesma tradição de Francisco: colocar a
Igreja sempre a favor dos mais pobres e necessitados. Toda Igreja deveria ser
de esquerda, sim!
*Foi Professor em Porto Velho.
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