Terça-feira, 6 de agosto de 2024 - 14h12
O tabagismo é uma
doença crônica causada pela dependência à nicotina. Comumente associado ao
câncer de pulmão, o consumo de tabaco está relacionado a 20% dos cânceres, de
acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
O cigarro possui
inúmeras substâncias com potencial cancerígeno que, quando inaladas, chegam na
corrente sanguínea e podem propiciar o desenvolvimento de tumores em vários
órgãos. A sua ligação com o câncer de pulmão é a mais preocupante por
corresponder a cerca de 90% das mortes pela doença, segundo o Instituto
Nacional do Câncer (Inca). Para o triênio 2023-2025 são esperados 32 mil novos
casos da enfermidade no país.
O combate ao
tabagismo é a melhor forma de prevenção do câncer de pulmão. Também diminui os riscos de câncer de bexiga. O Inca
informa que o cigarro é um fator de risco para doença, sendo associado em até
70% dos casos.
Como o sangue é
filtrado pelos rins, os compostos químicos do cigarro presentes na circulação
sanguínea vão para a urina. Até ser eliminado, o líquido fica parado na bexiga,
e as paredes do órgão permanecem em contato com esses elementos por bastante
tempo, o que favorece o surgimento da doença.
Os cânceres de cabeça
e pescoço, faringe e laringe também podem ter relação com o fumo, assim como o
câncer de rim, de colo de útero e de fígado têm o risco aumentado pelo hábito.
Hábito de fumar pode
aumentar os riscos do câncer de próstata
O câncer de próstata
é o segundo mais comum entre os homens no país, atrás apenas do câncer de pele
não melanoma. O Inca estima que foram 71.730 novos casos só em 2023.
Pesquisadores da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) analisaram os fatores de risco
associados com o desenvolvimento da doença no Brasil. A pesquisa, publicada na
revista Arch Health Invest, apontou que os fumantes diagnosticados com a
doença podem ter o risco de mortalidade duplicado.
Assim como o
tabagismo, fatores genéticos, histórico familiar e excesso de gordura corporal
são fatores de risco e precisam de atenção. Quando diagnosticado precocemente,
o tratamento para câncer de próstata apresenta maiores chances de cura.
Fumantes passivos
também são prejudicados
Todos os anos, cerca
de oito milhões de pessoas morrem devido ao tabagismo. Os dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) chamam atenção para o fato de que, entre elas, 7 milhões
são fumantes ativos e 1,3 milhões fumantes passivos.
Segundo o Inca, a
fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde no ambiente contém, em média,
três vezes mais nicotina e monóxido de carbono do que a fumaça que o fumante
inala, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas. A exposição a ela pode
acarretar reações alérgicas, infarto agudo do miocárdio e câncer de
pulmão.
Não há nível seguro
de exposição ao tabagismo passivo. A única maneira de proteger adequadamente
fumantes e não fumantes é eliminar o cigarro em ambientes fechados.
Efeitos do tabaco no
sistema imunológico pode durar anos
Estudo realizado por
cientistas do Instituto Pasteur, na França, revelou que o tabaco impacta o
sistema de defesa do organismo a longo prazo, o deixando vulnerável ao
desenvolvimento de infecções e doenças. Os resultados foram publicados na
revista científica Nature.
Segundo o autor da
pesquisa e chefe da Unidade de Imunologia Translacional do Instituto, Darragh
Duffy, esta foi a primeira vez em que foi possível demonstrar a influência de
longo prazo do tabagismo nas respostas imunológicas.
Uma comparação entre
fumantes e ex-fumantes revelou que a resposta inflamatória retornou aos níveis
normais rapidamente após a cessação do tabagismo, mas o impacto sobre a
imunidade adaptativa persistiu por até 15 anos.
Os médicos destacam
que, para preservar a imunidade a longo prazo, o melhor é não começar a fumar.
Mas para aqueles que já começaram, nunca é tarde para parar, pois sempre haverá
diminuição de risco das várias complicações ligadas ao hábito.
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