Quinta-feira, 29 de maio de 2025 - 15h11
As reputações são construídas
a partir da opinião alheia, por isso não devíamos nos preocupar com o que os
outros pensam da gente, para não nos estressarmos psicologicamente. Um
pensamento budista pede pra gente deixar ir a nossa reputação. Segundo Buda, a
nossa reputação não nos pertence, ela reside na mente dos outros.
Entrementes, é extremamente difícil a gente se livrar da
opinião dos outros sobre nós mesmos, uma vez que vivemos num mundo sob o
império de um contrato social, onde o que os outros pensam da gente acaba sendo
mais importante do que o juízo que fazemos de nós mesmos. Vale lembrar que
quanto mais tempo você passa na sombra de alguém, mais tempo você demora para
ter a sua própria.
Enquanto
humanos, somos partícipes de um pacto que nos obriga a uma postura de agrado ao
próximo, ainda que hipocritamente e, neste mundo tecnológico, com tantas
ferramentas disponíveis, isso virou uma obsessão. Nas mídias sociais a busca
por seguidores é doentia.
Não se trata de uma opinião,
mas de várias (opinião relativamente pública), direcionadas a nossa vida
pessoal, como se estivessem fazendo uma releitura das nossas ações. As vistas
que retornam da nossa janela poderão incomodar, ou não, o nosso devir, mas nem
tudo depende da janela/vitrine.
Às vezes, a vista de uma janela, ao chegar à janela
espelhada do outro, passa por um processo interior primitivo de deformação,
provocado pela inveja, ou pelo preconceito, a raiva, a comparação, e retorna ruidosa,
destemperada, comprometendo a nossa reputação social.
Se
fecharmos as janelas e não participarmos do Facebook, Instagram, Twitter (hoje X),
Whatsapp etc. dirão que somos antissociais, esquisitos, complexados. No futuro,
a IA nos acusará de sermos humanos, mas aí já não estaremos.
Nesse
sentido, os budistas tem razão, melhor ignorarmos os pensamentos intrusos,
passarmos a tramela nas vistas originadas pelas janelas alheias e redirecionarmos
os sentidos, convictos de que reputação é aquilo que os outros pensam da gente e caráter, dignidade são
virtudes que amparam a nossa identidade.
Podemos
conviver, sabendo que não somos uma ilha, nos esforçando para ignorar opiniões
alheias, ainda que venham das mídias, por mais invasivas que sejam, a fim de
que que não interfiram no nosso devir: “Em vez de uma noção estática do "ser", o devir enfatiza a
dinâmica e o fluxo, onde as coisas estão em constante movimento e se
transformam”.
No início da tarde de domingo, de 31 de julho de 1944, o escritor e aviador, Antoine de Sant- Exupéry, desapareceu, para sempre, no mar Mediterrânic
Certa ocasião fui convidado por casal amigo, para almoçar. Ele, ocupava cargo de relevo numa empresa pública; ela, era professora.Durante o repasto
O outro existencial já foi título de romance, tema de inspiração filosófica e está cotidianamente em nosso dia a dia. No plural, é mote de minisséri
Há muito esta história de destino perturba a compreensão da juventude esclarecida, muita gente acredita que o destino já vem pronto, é imutável, com