Sexta-feira, 10 de julho de 2020 - 10h14
Ano passado eu escrevi dois
artigos sobre a importância de uma coalisão entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia,
especialmente na região geográfica do Norte deste último, onde fica localizada
a capital Porto Velho e suas áreas de fronteira para que esta porção do sul da
Amazônia possa desenvolver sua vocação agropecuária, atualmente acanhada.
Volto a falar aqui, dessa vez,
em tempos de COVID 19 porque o Brasil precisa ampliar empregos, produção e
produtividade com vistas a promover internamente a nossa segurança alimentar e
também incrementar talvez em mais de 50% seu atual desempenho na venda de
produtos para mais de 160 países do globo que também necessitam de assegurar
aos seus povos o sagrado alimento diário – o
pão da subsistência.
Quero também fazer hoje memória
a um grande projeto, hoje sucesso de produção, conhecido há quase quinze anos
como MATOPIBA. Essa expressão resulta de um acrônimo criado com as iniciais dos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, na verdade designa uma realidade
geográfica caracterizada pela expansão agrícola no Brasil baseada em
tecnologias modernas de alta produtividade.
O desenho desse projeto
inimaginável apenas há vinte anos, foi abraçado técnica e cientificamente pela
EMBRAPA e politicamente pela iniciativa de governadores, prefeitos e
congressistas idealistas que, somado ao setor empresarial daquela região, puderam
dar corpo e forma a investimentos adequados em estudos e pesquisas para a
garantia da viabilidade social, ambiental e econômica do agronegócio naquela
porção central do país.
O Plano de Desenvolvimento
Agropecuário do MATOPIBA, engloba a totalidade do estado do Tocantins e
parcialmente os outros três estados mencionados, segundo o censo de 2010 a
região possui cerca de 6 milhões de habitantes.
Os números desse Plano são macro,
englobando: 73 milhões de hectares distribuídos em 31 microrregiões e 337
municípios; são cerca de mais 324 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades
de conservação, 35 áreas indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária,
incluindo áreas quilombolas.
Toda a área do Plano MATOPIBA
gira em torno de 14 milhões de hectares de áreas legalmente atribuídas.
A grande questão posta desde o
ano de 2018, ainda em épocas de campanhas eleitorais, e agora deixada de lado é
porque não realizar um Plano AMACRO aqui para os nossos Amazonas, Acre e
Rondônia – eis a questão renovada neste artigo.
A parte norte de Rondônia
compreende cinco municípios com grande potencial agropecuário e sua área de
fronteira com o Amazonas e o estado do Acre podem ser acrescentados algo em
torno de mais 12 municípios e as capitais Porto Velho e Rio Branco, gerando
empregos no campo e nas cidades e aproveitando deveras os portos públicos e
privados da capital rondoniense e o tráfego até Manaus por meio de modal sempre
menos oneroso.
A ideia é simplificada pela
estrutura existente que já atende a produção dos estados de RO, MT e MS desde
1998 para a soja e outros produtos que poderá ser ampliada para levar também a
produção dessa nova região, uma fronteira para o desenvolvimento sustentável
com práticas ambientais limpas e certeza: um
selo amazônico de produção para a segurança alimentar do mundo.
Caro leitor dessa minha
coluna, mais uma vez estou fazendo a lembrança e a proposta de iniciar pelos
governos e pelas empresas o necessário e tempestivo debate, especialmente nessa
época em que precisamos de projetos estratégicos de desenvolvimento que gere
oportunidades de trabalho, emprego, renda e desenvolvimento sustentável.
Os governos dos estados do AM,
AC e Rondônia e, possivelmente as federações de empresários precisam tomar as
rédeas dessa possibilidade com a realização de reuniões virtuais imediatamente,
colocando ainda esse ano nas assembleias legislativas as informações
necessárias para a garantia de recursos e orçamentos específicos e,
determinando aos seus organismos locais de sanidade vegetal e animal e de
pesquisa técnica e científica como a EMBRAPA e outras agencias de competência
técnica públicas e privadas para o desenho do PLANO AMACRO DE DESENVOLVIMENTO que poderá ser uma salvaguarda do
futuro de algo em torno de 40 mil famílias que certamente possam se interessar
em participar das ações e da execução, tendo todos a certeza de ganhos acima da
média da atual realidade financeira da agricultura familiar praticada.
Um plano urgente para
produção, garantia alimentar interna e vendas externas dos seus numerosos
excedentes, é isso que queremos dos nossos governantes, é isso que queremos
para contrapor a crise atualmente instalada no Brasil e em nossa região.
Este
artigo é mais uma vez um alerta para que possamos sair da inercia e trabalhar
com estratégias para o futuro; afinal, por todos em toda a parte é sabido que:
“... esperar não é saber, quem sabe (mesmo) faz a hora e nunca espera
acontecer. ”.
Graça e Paz.
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