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Francisco Aroldo

Grandes Cidades têm comunidades de mortos vivos


Grandes Cidades têm comunidades de mortos vivos - Gente de Opinião

Estimados leitores dessa minha coluna, esse artigo de hoje dia 02 de junho traz mais um dos vários alertas que tenho publicado; muitas vezes alertas de caráter da economia regional, da nossa Amazônia brasileira, outras vezes são alertas e propostas de soluções nacionais e locais, artigos de caráter social ou registros históricos, mas sempre rogando a vocês que façam sua própria analise e críticas e suas reflexões para a tomada de atitudes.

Em duas semanas atras na cidade de São Paulo, as comunidades de viciados na chamada cracolândia, sumiram aparentemente por ação do poder público daquela cidade, houveram apoios isolados e muito barulho de defensores do estilo de vida daqueles “mortos vivos”. Não se escandalizem, mas muita gente tem avaliado nos EUA, no México, na Argentina, na Europa e aqui no Brasil, essas comunidades com esse sinônimo ou como “Walking Deads”, numa alusão ao seriado que existe na TV mundial que já tem duração de 12 anos.

Esse seriado, The Walking Dead, lançado oficialmente com seu primeiro episódio no dia 31 de outubro de 2010, The Walking Dead se tornou uma febre pouco tempo após sua estreia. O universo de zumbis estava sendo explorado em jogos, filmes e agora em séries, e TWD serviu aos fãs tudo e mais um pouco do que eles esperavam, comercialmente esse tema explorado com roteiros bastante forjados ora no suspense, ora no drama e ora na busca de reflexão sobre moral humana e desvios de condutas, é um caldeirão explosivo quando comparado a realidade do desperdício de vida que os zumbis urbanos das “comunidades de viciados em drogas” se mostram me centenas de cidades pelo mundo ocidental.

Não disponho de números na Europa ou nos EUA, mas vamos ficar com os dados nacionais que disponho para que vocês possam fazer suas reflexões pessoais sobre esse tema do vicio em drogas e os desdobramentos para as famílias e para essas cidades e para a sociedade brasileira de um modo geral, visto que todos de alguma forma seremos impactados mais cedo ou mais tarde, seja diretamente ou indiretamente, inclusive no quesito social, econômico, de saúde pública e de segurança pública.

Dados de 2.024 sobre o número de viciados da cracolancia em SP relatam mais de 1.000 humanos. Vídeos e reportagens dos últimos três ou quatro anos podem confirmam para qualquer pessoa a triste realidade com repercussão negativa em todo o entorno dessa “comunidade” reduzindo a próximo de zero a atividade comercial e econômica nas imediações, trazendo elevação de furtos e insegurança aos trabalhadores e pequenos empresários, crianças, jovens e idosos residentes nos bairros circunvizinhos. Podemos somar a esse terrível dado, outro fato, outro número disforme:  Em novembro de 2.024, a cidade de São Paulo tinha quase 90 mil pessoas em situação de rua, o que a coloca na liderança do ranking nacional nesse quesito. Este número representa um aumento de cerca de 25 mil pessoas em relação ao mesmo período do ano anterior. No Brasil, o total de pessoas vivendo nas ruas ultrapassa 320 mil. (São dados divulgados pela CNN Brasil no final do ano passado)

Em todas as regiões do Rio de Janeiro, é possível ver pequenas cracolândias, onde pessoas consomem drogas em situação de total flagelo. Dados divulgados pelo governo municipal, dentro do Censo de População em Situação de Rua, de 2022, mostram que 86,1% das 7.865 pessoas que vivem nesta condição são dependentes químicos.

Diferentemente de São Paulo, onde usuários de crack se concentram mais no Centro, no Rio eles são distribuídos em diferentes bairros. O censo feito pela Secretaria municipal de Assistência Social em 2.023 identificou e percorreu 57 pontos em todas as regiões da cidade maravilhosa. Esses locais são definidos pelos pesquisadores como áreas de concentração para consumo de drogas, trazendo pela lógica os desdobramentos que sabemos e vemos nos noticiários nacionais no mínimo há 15 anos.

A capital de Rondônia, para falar do nosso quintal, não anda bem; Nos últimos 12 anos esse fenômeno vem crescendo por aqui na capital do marechal, onde por duas ou três vezes a prefeitura municipal já fez pesquisas, cadastramento e o reconhecimento dos viciados e moradores de rua, traduzindo em números já expressivos para nossa cidade: mais de 500 pessoas andam sem rumo, sem suporte familiar, sem renda e sem ocupação e sem moradia, traduzindo aqui também os mesmo desconfortos e os mesmos reflexos para Porto Velho.

Um fato é mesmo recorrente em todo esse cenário que amplia ano a ano seus efeitos negativos para a sociedade brasileira: o Estado não realiza grandes ações ou ações efetivas de recuperação, orientação e acolhimentos com novos direcionamentos a essa parte da população, muitas vezes por desencontros na suas politicas de atendimento e de enfrentamento inclusive nas questões de legislação e de “ideologias atrapalhantes” do lado da política partidária -  quando vemos igrejas, associações e o chamado terceiro setor buscando de maneira isolada e muitas vezes ingênua, proceder suas interferências.

Talvez um consorcio de instituições, com orientação jurídica eficaz, com um plano bem elaborado de intervenção em etapas bem articuladas e com recursos públicos e recursos privados (empresas) possam surtir algum efeito em curto e médio prazo, mas por enquanto a arte imita a vida, ou a vida imita a arte, visto que muita gente prefere mesmo acompanhar de longe, como quem assiste a um seriado de 12 anos.

Graça e Paz.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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