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Francisco Aroldo

Aprovada na CCJ do senado texto de PEC que indica fim da reeleição no Brasil e traz os mandatos de cinco anos com eleições unificadas em 2034


Aprovada na CCJ do senado texto de PEC que indica fim da reeleição no Brasil e traz os mandatos de cinco anos com eleições unificadas em 2034 - Gente de Opinião

Eu li ontem na página do senado federal uma matéria extremamente útil e importante para a democracia no Brasil (fiquei motivado e alegre de verdade); me dispus hoje a elaborar um resumo para meus amados leitores dessa coluna, amigos e amigas que me acompanham desde 2014.

Vocês bem sabem de outros artigos meus que sou defensor das eleições gerais (unificadas) desde 2.010 e que também creio que no país devemos mudar a lógica do orçamento público para cinco (05) anos – Planejamento Plurianual (PPA), o que devemos ver em breve de maneira efetiva ser debatido pelos nossos parlamentares em Brasília – talvez já como um belo fruto que essa PEC 012/2022 vai trazer; bom ... desde que não haja eventuais e estrondosas manifestações contrárias.

Ora, não é mesmo admissível que tenhamos tribunais especiais para eleições de 24 em 24 meses, com dispêndio enorme de recursos públicos, destinação de força tarefa em quase seis mil cidades satisfazendo determinações jurídicas que podemos mudar por força do diálogo e da aplicação de economicidade e transparência. Muitos países da América e do Mundo ocidental tem eleições gerais a cada cinco anos e, ainda temos a questão das cadeiras do senado, fato que me questiono há 15 anos: “ ... porque um senador precisa de oito anos de mandato e porque eles tem direito a outros mandatos, sendo que o ideal numa democracia é a oxigenação de leis e posicionamentos sociais?” podemos sim ter vereadores, deputados estaduais, federais, governadores, prefeitos, presidentes e senadores para mandatos de 60 meses e depois outros mandatários, normalmente. Oxigenando assim de cinco em cinco anos os temas sociais, culturais, de policias públicas e de ordem local do país e de suas relações com o resto do mundo.

Dito isso e para não me alongar muito nesse artigo, passo a transcrever, citando a fonte no final desse artigo, partes importantes da matéria de ontem veiculada na página oficial do senado federal.

( ... )

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira dia 21 de maio de 2.025 a proposta de emenda à Constituição (PEC 012/2022) que acaba com a reeleição para presidente da República, governador e prefeito e estabelece um mandato de cinco anos para esses cargos, assim como para os parlamentares. A proposta também define eleições unificadas para todos os cargos a partir de 2.034. A matéria vai agora para análise em Plenário, com pedido de urgência.

Os senadores aprovaram substitutivo (texto alternativo) do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta de Jorge Kajuru (PSB-GO). Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores também passarão a ter mandatos de cinco anos, em vez dos atuais quatro.

Já os senadores, que na proposta inicial passariam de oito para dez anos de mandato, também terão cinco anos, a partir de emenda apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Além disso, a PEC extingue a alternância de eleições para o Senado, determinando que todos os 81 senadores sejam eleitos no mesmo pleito a partir de 2039.

Mudanças

A PEC impede que quem ocupa um cargo no Poder Executivo — presidente, governadores e prefeitos — possa se candidatar à disputa de um segundo mandato consecutivo, mesmo que o político tenha deixado o cargo seis meses antes da eleição. Em troca, os mandatos desses cargos passarão a ser de cinco anos, em vez dos atuais quatro anos.

Os cargos do Legislativo — deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores — continuam com a possibilidade de reeleição inalterada. Ao mesmo tempo, a duração dos mandatos também passará para cinco anos. Assim, as legislaturas do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais passam a ter duração de cinco anos, e não mais de quatro.

Aprovada na CCJ do senado texto de PEC que indica fim da reeleição no Brasil e traz os mandatos de cinco anos com eleições unificadas em 2034 - Gente de Opinião
Aprovada na CCJ do senado texto de PEC que indica fim da reeleição no Brasil e traz os mandatos de cinco anos com eleições unificadas em 2034 - Gente de Opinião

Com a uniformização dos mandatos, a PEC também unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos. Isso acontecerá a partir de 2034. Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal).

Senado

Outra inovação é o fim da eleição alternada para o Senado. Atualmente, os senadores são eleitos a cada quatro anos, com dois terços do Senado se renovando em uma eleição e um terço na seguinte. Na nova fórmula, todas as 81 cadeiras do Senado estarão em disputa a cada cinco anos.

A mudança não estava no texto de Marcelo Castro, que previa dez anos de mandato para os senadores e mantinha a alternância. Foi o senador Carlos Portinho que apresentou e defendeu uma emenda nesse sentido.

— Um poder pode ser alternado em dez anos? Pode, mas ele envelheceu ali. A prática democrática que mais atende o eleitor [é] a alternância breve de poder. A proposta que traz a redução para cinco anos respeita um dos maiores princípios democráticos, que é o interesse do eleitor — justificou. 

O senador Jorge Seif (PL-SC) também defendeu a redução do tempo de mandato dos senadores.

— A ampliação de oito para dez anos seria mais uma "jabuticaba" brasileira. Tira do eleitor a possibilidade do escrutínio. Nós não podemos ter um poder tão longo — afirmou. 

Durante a reunião, Castro contraditou a emenda de Portinho explicando que a alternância de poder é um termo que se aplica aos cargos do Executivo, mas não ao Legislativo. Além disso, segundo o relator, à exceção da Itália, em todos os demais países em que há duas Casas legislativas os membros de uma delas têm mandato maior do que os da outra. Assim, argumentou que a proposta inicial de mandato dez anos para os senadores estava seguindo um padrão internacional.

Porém, em entrevista coletiva após a votação na CCJ, Castro voltou atrás e anunciou que acataria a sugestão de Portinho. 

— Senti que estava formando maioria para o mandato ser de cinco anos, então me rendi a isso. Uma matéria controversa, tem argumento a favor de um lado, tem argumentos a favor de outro, não é uma coisa principal. O principal é o fim da reeleição e a coincidência das eleições para todos — explicou o relator, confirmando também o fim da eleição alternada.

Aprovada na CCJ do senado texto de PEC que indica fim da reeleição no Brasil e traz os mandatos de cinco anos com eleições unificadas em 2034 - Gente de Opinião

Castro disse esperar que, em face dos novos acordos, a matéria seja votada de maneira consensual no Plenário.

Mesas diretoras

Para compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, as Casas do Congresso Nacional também verão mudanças nas suas mesas diretoras (responsáveis por presidir o órgão). As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos. Continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura. A nova regra será aplicada às legislaturas que se iniciarem após as eleições de 2034.

Eleições unificadas

Segundo o relator, a unificação das eleições também é positiva porque cada eleição exige muitos recursos e trabalho para ser organizada. O novo formato ajudaria a reduzir os gastos e o governo economizaria dinheiro que poderia ser usado em áreas como saúde e educação. Além disso, para Castro, ter todas as eleições juntas traria mais clareza e organização para os eleitores e para os próprios políticos.

Primeiro signatário da PEC, o senador Kajuru afirmou que o objetivo principal é dar mais equilíbrio à disputa, já que, segundo ele, quem está no poder tem grande vantagem sobre os concorrentes, como maior visibilidade, acesso à máquina pública e facilidade de articulação política. Isso, para o senador, acaba dificultando a entrada de novas lideranças na política.

Emendas

Marcelo Castro rejeitou outras emendas apresentadas, como a do senador Sergio Moro (União-PR) que vedava não a reeleição também em mandatos não-consecutivos; a do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que estabelecia a idade máxima de 80 anos para candidatura à Presidência da República; e a do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que proibia a reeleição para o Senado.

Fonte: Agência Senado

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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