Quinta-feira, 17 de abril de 2025 - 08h30
A
Amazônia é ou não é “patrimônio da humanidade”? Essa expressão, inocente na
aparência, traz confusões, armadilhas e perigos. Tudo que há no mundo foi
definido como propriedade humana ou natural (de Pachamama, como se diz nos
Andes). Por isso a nossa floresta é considerada “patrimônio natural da
humanidade”. No entanto, a Amazônia é mais que a floresta: são seus povos e as
partes dela correspondentes aos nove países que a compartilham. A Unesco
eventualmente declara pequenas partes da floresta como “patrimônio da
humanidade”, mas isso não significa que outros países sejam também donos dela.
Basicamente,
a Amazônia Legal é a parte brasileira da floresta e a Total é o conjunto de
partes dos países amazônicos. Nota-se pelo mundo interesse em semear a
discórdia entre os países e criar nações indígenas que atropelariam a Amazônia
Legal como o Brasil a estabeleceu. A quem interessa dividir e confundir?
Obviamente não interessa aos povos amazônicos.
Há
um interessante livro sobre uma hipotética divisão do Brasil em vários países
no futuro e as consequências disso, leitura tornada invisível na Net: “Porque o
Brasil não deu certo - Causas da Inviabilização Econômica da América Portuguesa”,
de João Paulo de Almeida Magalhães (Editora Paz e Terra, 1996), da qual se pode
dar um spoiler: dividir o Brasil (ou a Amazônia) em várias nações seria uma
desgraça para cada uma delas.
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A construção civil
Mesmo
com as restrições aos financiamentos para a casa própria por causa da elevação
dos juros, estão despontando vários prédios em Porto Velho para todos os lados.
As empreiteiras estão apostando na venda de apartamentos na planta, oferecendo muitas
vantagens aos seus clientes. Além dos edifícios erguidos situados nas proximidades
do shopping da Rio Madeira, se constatam construções também nos arredores do Centro
Cívico de Rondônia, antiga esplanada das secretarias, onde estão instalados o
Palácio Rio Madeira, a Assembleia Legislativa e tantos tribunais. A construção
civil respira.
Anistia dos vândalos
Logo
após os feriados da semana santa, entra em debate no Congresso Nacional com
direito a polarização e tudo, a PL da anistia aos presos pelos atos de
vandalismo praticados em 8 de janeiro em Brasília. No meio da coisa também estão
pelo menos dois terroristas, aqueles que preparam bombas para explosão de um caminhão de combustíveis
no aeroporto JK. A bancada federal de Rondônia está comprometida com a chamada
PL da Anistia. Aquilo que muitos consideraram atos de vandalismo, são reconhecidos
como expressões de patriotismo pelos bolsonaristas.
Uma incógnita
A
volta do ex-prefeito de Rolim de Moura, ex-governador, ex-senador e ex-presidente
nacional do MDB Valdir Raupp a política ainda é uma incógnita. Ele tem sido
cobrado pelas lideranças políticas para que volte a ativa. Já começou as
consultas aos amigos, correligionários, sondando as suas possibilidades. Ele está
sendo convocado pelo diretório nacional para que reforce a nominata de
candidatos à Câmara dos Deputados, ao lado de expoentes, como o ex-ministro
Amir Lando e a juíza Euma Tourinho. São nomes de qualidade.
Polos regionais
Os
principais polos regionais de Rondônia, que são Porto Velho, Ariquemes,
Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena estão esvaziando as populações de pequenos
municípios. O IBGE tem constatado nos últimos censos esta tendência. Também
temos muita migração interna no estado, para algumas regiões consideradas
fronteiras agrícolas, como as áreas da Ponta do Abunã e Nova Mamoré, recebendo contingentes
de colonos da região central, zona da mata e cone sul rondoniense. Mais estruturados
na saúde, educação e infraestrutura os polos regionais recebem também universitários
de cidades menores que acabam se mudando depois definitivamente, como ocorre
principalmente em Porto Velho.
Lula em Rondônia
Por
se tratar de uma região hostil nas últimas campanhas eleitorais ao PT, acho
mais fácil galinha criar dentes, ou achar cabelos em ovo, do que o presidente
Luís Inácio Lula da Silva desembarcar em Rondônia, como foi agendado pelo Palácio
do Planalto para a semana que vem, no próximo dia 24, para entregar casas
populares do programa Minha Casa, Minha Vida. Rondônia é território conservador,
muito bolsonarista, repleto de um segmento que é alinhado aos garimpeiros, aos
fazendeiros, aos madeireiros e ao agronegócio num todo. Mas vamos acompanhar a
rara visita do presidente, que geralmente passa por cima de Porto Velho e vai
para Manaus e Rio Branco.
Via Direta
***A Associação Rondoniense dos Municípios
AROM marcou eleições para renovar sua diretoria no próximo dia 28, no plenário
da Câmara de Ji-Paraná ***Roga-se que a nova direção não infeste a entidade de marajás
e apaniguados como tem acontecido. Hildon Chaves até tentou resolver isto, mas
com o final do seu mandato foi destronado ***As
primeiras pesquisas vão indicando o senador Marcos Rogério favorito para tudo,
tanto para uma cadeira ao Senado como ao governo de Rondônia. Como se vê, o
bolsonarismo fala alto em Rondônia ***A fidelidade canina do parlamentar
rondoniense está servindo para alguma coisa *** O problema é se o mito resolver apoiar um outro nome, como já
ocorre ao Senado.
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