Terça-feira, 8 de julho de 2025 - 07h50
A
polarização entre conservadores e liberais, reduzida ao já desgastado lulismo x
bolsonarismo, cede lugar no Congresso à discussão entre quem vai pagar o ajuste
fiscal: os ricos ou os pobres? Os problemas de saúde de Lula e Bolsonaro podem
torná-los apenas cabos eleitorais em breve. No Congresso, o Centrão tende a
repartir a conta entre ricos e pobres. Como estes costumam votar em ricos bons
de conversa para representá-los, vão pagar mais que os outros, mais bem representados.
São, portanto, polarizações que podem se dissolver nos próximos meses.
Restará
uma polarização que tende a ser predominante por anos: entre os
desenvolvimentistas, que pregam grandes obras apesar dos riscos ambientais, e
os ambientalistas, que atribuem o aquecimento global à ação humana predatória
sobre a natureza e abominam projetos de alto impacto sobre a natureza, como a
Ferrogrão e a exploração de petróleo no delta do Rio Amazonas.
Os
desenvolvimentistas dominam todos os cenários internos, mas perdem na opinião
pública mundial, pois os ambientalistas e catastrofistas apocalípticos
apresentam as grandes obras como agentes do ponto sem retorno. Nesse caso, o colapso
da floresta liberaria excessivas quantidades de carbono, impedindo qualquer
ação corretiva. Como o Brasil quer progredir e se tornar país de Primeiro
Mundo, o entusiasmo dos desenvolvimentistas por enquanto vai vencendo o medo
espalhado pelos apocalípticos.
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Eleições 2026
Alguns
possíveis postulantes ao governo de Rondônia estão mais contidos, com interesse
em não antecipar o processo sucessório. O ex-governador e atual senador Confúcio
Moura, diz que não pré-candidato (mas já está em campanha com sua caravana da
esperança), Marcos Rogério (PL) garante que é candidato a reeleição a senador,
mas é outro que já está equipado para a peleja do CPA, o vice-governador Sergio
Gonçalves (que foi ameaçado por adversários até de um afastamento), refreou
suas andanças e catimba o jogo. Ainda tem Adailton Fúria (PSD) e Hildon Chaves
(PSDB) animados para a peleja.
Pacote de medidas
O
governo Lula está preparando um verdadeiro pacote de medidas para beneficiar o
mercado imobiliário que em algumas regiões do país está patinando. As medidas
são aguardadas com grande expectativa também em Porto Velho, onde o setor vivencia
uma bolha imobiliária juntamente com mais 15 municípios brasileiros mais
afetados. Com as vendas reduzidas por aqui os corretores estão urrando e buscando
até bicos em outras atividades para pagar os boletos do final do mês. As incorporadoras
reclamam muito ainda é da taxa de juros para a aquisição de imóveis. A coisa
está osso!
Pelo caminho
Alguns
pré-candidatos ao governo estadual de Rondônia já estão ficando pelo caminho. O
deputado federal Lucio Mosquini (MDB-RO) que tinha a intenção de tomar um partido
goela abaixo para sustentar sua candidatura ao CPA e começou o ano bem animado,
arrefeceu os contatos. O mais provável é que dispute mais uma reeleição, já que
o campo ao Senado, na região central já está minado com candidaturas do porte
do ex-senador Acir Gurgacz, da deputada federal Silvia Cristina, do pecuarista
Bruno Scheidt, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Mosquini até tentou
tomar um partido para chamar de seu, mas foi escorraçado.
Caiu do cavalo
Ainda
falando em termos de Lucio Mosquini, a sorte não tem ajudado. Ele foi deposto
da presidência estadual do MDB de Rondônia, onde mandava no bolão do fundo partidário,
mas por ter se declarado bolsonarista, num partido que tem sido base do governo
Lula e por ter sido bocudo perdeu o controle dos recursos da legenda. Poderia
se fazer de “morto”, esperando a janela partidária de abril do ano que vem para
então se transferir para uma legenda bolsonarista sem precisar entregar o
comando do MDB.
Asas crescidas
O
deputado estadual Delegado Camargo está de asas crescidas e expandindo suas
bases para as eleições 2026. Melhor tribuno desta legislatura na Assembleia
Legislativa, Camargo, que foi eleito pelo Vale do Jamari em 2022 está espichando
seus redutos eleitorais, de um lado para Porto Velho e de outro para Ji-Paraná
e região central. O que se vê é o combativo parlamentar, um dos únicos fora do rebanho
de ovelhas no legislativo estadual, buscando espaço para disputar uma cadeira a
Câmara dos Deputados ou ao até mesmo o Senado.
Via Direta
*** Os prefeitos da região Sul do Amazonas
– casos de Manicoré, Humaitá e outros – pediram ao governo Lula afrouxar as fiscalizações
ambientais naquela região *** A medida visa beneficiar os garimpos ilegais no Rio Madeira
e igarapés explorados pelos garimpeiros. A explosão de balsas e dragas tem
causado tensões horríveis por lá ***
Como sempre, os políticos da região –como os daqui de Rondônia também – apoiam
os reclamos dos empresários da mineração *** Comentários nos meios
políticos dão conta da grave situação de saúde de uma ex-prefeita do interior
de Rondônia atendida no Hospital do Amor. Ela está deixando um grande legado,
já que foi uma das melhores administradoras do estado na década de 80 e 90.
Três poderosas candidaturas estarão possivelmente em confronto nas eleições de 2026
Cinco AmazôniasTodo bom projeto de desenvolvimento deve ser apoiado, com participação direta ou acompanhamento criterioso de sua aplicação. Só é bo
O quadro sucessório no Amazonas é um replay do que está em curso nos estados de Rondônia e Acre
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RacionalidadeO negacionismo climático seria uma perversidade só pelo erro de prever um improvável futuro corrigido pela própria natureza. A extinção