Segunda-feira, 7 de julho de 2025 - 08h20
Todo
bom projeto de desenvolvimento deve ser apoiado, com participação direta ou acompanhamento
criterioso de sua aplicação. Só é bom ter um pé atrás com a propaganda oficial,
que por vezes consegue ser ainda mais enganosa que a de maus produtos lançados
no mercado. A regra é vigiar. O presidente norte-americano Thomas Jefferson
gostava de dizer que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.
Com
certeza a vigilância é também o preço da qualidade das políticas e dos projetos
públicos. Um projeto que pela sua correta formulação merece apoio é o projeto
Amazônia 2030, iniciado em 2020, que em abril divulgou o importante estudo Fatos
da Amazônia – 2025. É recomendável que todos o leiam com atenção, mas de
imediato se pode destacar um de seus pontos: a compreensão, corretíssima, de
que não existe uma só Amazônia.
Com
certeza há centenas de Amazônias, considerando as peculiaridades de cada área,
mas é adequada a divisão feita pelo estudo de que se deve focar cinco
Amazônias: a florestal, 39% do território da Amazônia Legal; a florestal sob
pressão, abrangendo 29% da região, nos municípios com extensa cobertura
florestal, mas que sofrem com desmatamento crescente; a desmatada, 11% da área;
a não florestal (Cerrado e Pantanal), com 21% da Amazônia Legal; e a urbana, onde
a maioria da população (76%) reside. Cada uma requer e merece abordagem específica.
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Eleições 2026
Os quase
30 partidos em condições de disputar as eleições em 2026 vão tentar cumprir as
exigências das cláusulas de barreira que determina as agremiações políticas
eleger pelo menos 13 deputados federais ou conquistar 2,5 por cento do eleitorado
a Câmara dos Deputados no próximo pleito. Partidos nanicos, os médios e
legendas que já foram grandes vão buscar através de fusões ou participando de
federações cumprir as exigências. Não cumprindo o determinado ficarão de fora
das boladas do fundão eleitoral. Legendas poderosas estão sacramentando fusão
para aumentar a participação no rateio dos recursos do fundão, casos do PP com
o União Brasil.
A força do agronegócio
Com
o agronegócio pulsando forte em Rondônia, tivemos Porto Velho ganhando uma nova
rodoviária, no interior do estado, polos regionais importantes vão se
destacando com obras de vulto. O município de Ji-Paraná, com o prefeito Afonso
Cândido, ganhando um novo aeroporto, Ariquemes com a prefeita Carla Redano as
obras adiantadas de uma nova rodoviária, agora a cidade de Cacoal, com o
prefeito Adailton Fúria iniciando as obras de um pomposo terminal rodoviário. A
pujança da nossa agropecuária, das exportações de soja, milho, carne bovina,
incrementa a economia regional resultando mais emprego e renda.
Em confronto
Três
poderosas candidaturas estarão possivelmente em confronto nas eleições de 2026
para a Câmara dos Deputados em Ji-Paraná. São dos ex-prefeitos Jesualdo Pires e
Esaú Fonseca e do deputado estadual mais votado nas eleições de 2022, Laerte
Gomes. Curiosamente, Ji-Paraná tradicionalmente tem cravado dois deputados federais
a cada pleito, desde a primeira eleição em 1982, quando foram consagrados nas
urnas Orestes Muniz (MDB) e Assis Canuto (PDS). Raramente Jipa se reduziu a
eleição de apenas um parlamentar, como agora, com Silvia Cristina (PP). Mas com
muitas candidaturas, umas 15, a pulverização dos votos na região pode afetar as
postulações mais robustas.
A transcocaineira
Com
a prometida ponte binacional sobre o Rio Mamoré em Guajará Mirim, conectando o
Brasil a Bolívia, os políticos rondonienses festejam a conquista de melhorias
comerciais entre os dois países. Ao mesmo tempo, a obra tornará o acesso da
fronteira até a BR 364, numa das mais importantes estradas cocaineiras no País.
Por esta rodovia, a “transcocaineira”, são transportados os entorpecentes
também oriundos do Peru e da Colômbia. Será necessário reforçar a fiscalização
pela estrada, já que os carteis de drogas tomaram conta do estado e a ponte
também vai facilitar os negócios de tráfico de armas e contrabando de cigarros.
A paternidade
A
gestão do governador Marcos Rocha (União Brasil) está abrindo frentes de obras,
de pavimentação a encascalhamento de regularização fundiária na capital e para
evitar que o prefeito Lee Moraes (Podemos) assuma a paternidade de tudo isto,
encomendou placas caprichadas demonstrando a autoria das suas ações. Ocorre que
na gestão passada o então prefeito Hildon Chaves contabilizava muita coisa do governo estadual
como obra sua, agora como Rocha é candidato ao Senado quer que tudo fique em
pratos limpos, mesmo porque é do costume dos prefeitos rondonienses, de Guajará
a Teixeiropolis se apropriar dos feitos do governo estadual. É aquela história
de que papagaio come milho e o periquito leva a fama!
Era das trevas
As
novas gerações de rondonienses, certamente não ouviram falar de uma era, onde
em disputas políticas, candidatos expulsavam concorrentes nas pelejas a
Assembleia Legislatura e Câmara dos Deputados com espingarda em suas cidades e
sabotavam os comício dos adversários. Na era das trevas, quando surgiu a
chamada bancada do pó e ainda mais adiante a bancada dos deputados estaduais
propineiros, denunciados no Fantástico, pela pratica de chantagens, muitos
rondonienses inclusive parlamentares chegavam a renegar o estado em suas
viagens. Era coisa de louco. Atualmente as atenções se voltam aos prefeitos, que
majoritariamente são corruptos. É raro encontrar um prefeito honesto hoje em
dia..
Via Direta
*** O MDB festa 60 anos de atividades
com palestras nos estados projetando o futuro do País *** Levantamento do censo
mais recente do IBGE deu conta que nos últimos dez anos o Acre perdeu 30 mil habitantes
para Rondônia, o principal destino dos nossos vizinhos em êxodo *** De fato desde os idos do território federal, o êxodo dos acreanos tem
ido enorme para o estado. Personagens importantes da política rondoniense, como
o falecido senador Odacir Soares e o prefeito de Porto Velho Tião Valadares
(ainda na ativa) vieram do Acre *** Regiões do estado do Amazonas ainda padecendo
com enchentes e Rondônia já entrando no seu período de estiagem. O Rio Madeira
tem recuado muito nas últimas semanas
mostrando grande assoreamento nas proximidades do Porto do Cai N’Água em Porto
Velho.
O quadro sucessório no Amazonas é um replay do que está em curso nos estados de Rondônia e Acre
Ouro para todosTudo que acontece em cada canto do mundo é de imediato comunicado ao conjunto do globo. Para espanto principalmente de quem sofre o
Renovação das cadeiras na Câmara dos Deputados
Risco de injustiçaSe ainda faltasse alguma prova de que o mundo está inteiramente interligado ela poderia ser o processo que a tribo amazônica Maru
Jair Bolsonaro foi obrigado a suspender sua maratona de visitas a Rondônia
RacionalidadeO negacionismo climático seria uma perversidade só pelo erro de prever um improvável futuro corrigido pela própria natureza. A extinção
Bolsonaro está impondo goela abaixo a candidatura do seu filho em Santa Catarina
Palavras mágicasPara um país presidencialista (ou semiparlamentarista, a julgar pelo domínio do Centrão no Congresso Nacional) o Brasil está cheio