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Carlos Sperança

Três poderosas candidaturas estarão possivelmente em confronto nas eleições de 2026


Três poderosas candidaturas estarão possivelmente em confronto nas eleições de 2026 - Gente de Opinião

Cinco Amazônias

Todo bom projeto de desenvolvimento deve ser apoiado, com participação direta ou acompanhamento criterioso de sua aplicação. Só é bom ter um pé atrás com a propaganda oficial, que por vezes consegue ser ainda mais enganosa que a de maus produtos lançados no mercado. A regra é vigiar. O presidente norte-americano Thomas Jefferson gostava de dizer que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

Com certeza a vigilância é também o preço da qualidade das políticas e dos projetos públicos. Um projeto que pela sua correta formulação merece apoio é o projeto Amazônia 2030, iniciado em 2020, que em abril divulgou o importante estudo Fatos da Amazônia – 2025. É recomendável que todos o leiam com atenção, mas de imediato se pode destacar um de seus pontos: a compreensão, corretíssima, de que não existe uma só Amazônia.

Com certeza há centenas de Amazônias, considerando as peculiaridades de cada área, mas é adequada a divisão feita pelo estudo de que se deve focar cinco Amazônias: a florestal, 39% do território da Amazônia Legal; a florestal sob pressão, abrangendo 29% da região, nos municípios com extensa cobertura florestal, mas que sofrem com desmatamento crescente; a desmatada, 11% da área; a não florestal (Cerrado e Pantanal), com 21% da Amazônia Legal; e a urbana, onde a maioria da população (76%) reside. Cada uma requer e merece abordagem específica.

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Eleições 2026

Os quase 30 partidos em condições de disputar as eleições em 2026 vão tentar cumprir as exigências das cláusulas de barreira que determina as agremiações políticas eleger pelo menos 13 deputados federais ou conquistar 2,5 por cento do eleitorado a Câmara dos Deputados no próximo pleito. Partidos nanicos, os médios e legendas que já foram grandes vão buscar através de fusões ou participando de federações cumprir as exigências. Não cumprindo o determinado ficarão de fora das boladas do fundão eleitoral. Legendas poderosas estão sacramentando fusão para aumentar a participação no rateio dos recursos do fundão, casos do PP com o União Brasil.

A força do agronegócio

Com o agronegócio pulsando forte em Rondônia, tivemos Porto Velho ganhando uma nova rodoviária, no interior do estado, polos regionais importantes vão se destacando com obras de vulto. O município de Ji-Paraná, com o prefeito Afonso Cândido, ganhando um novo aeroporto, Ariquemes com a prefeita Carla Redano as obras adiantadas de uma nova rodoviária, agora a cidade de Cacoal, com o prefeito Adailton Fúria iniciando as obras de um pomposo terminal rodoviário. A pujança da nossa agropecuária, das exportações de soja, milho, carne bovina, incrementa a economia regional resultando mais emprego e renda.

Em confronto

Três poderosas candidaturas estarão possivelmente em confronto nas eleições de 2026 para a Câmara dos Deputados em Ji-Paraná. São dos ex-prefeitos Jesualdo Pires e Esaú Fonseca e do deputado estadual mais votado nas eleições de 2022, Laerte Gomes. Curiosamente, Ji-Paraná tradicionalmente tem cravado dois deputados federais a cada pleito, desde a primeira eleição em 1982, quando foram consagrados nas urnas Orestes Muniz (MDB) e Assis Canuto (PDS). Raramente Jipa se reduziu a eleição de apenas um parlamentar, como agora, com Silvia Cristina (PP). Mas com muitas candidaturas, umas 15, a pulverização dos votos na região pode afetar as postulações mais robustas.

A transcocaineira

Com a prometida ponte binacional sobre o Rio Mamoré em Guajará Mirim, conectando o Brasil a Bolívia, os políticos rondonienses festejam a conquista de melhorias comerciais entre os dois países. Ao mesmo tempo, a obra tornará o acesso da fronteira até a BR 364, numa das mais importantes estradas cocaineiras no País. Por esta rodovia, a “transcocaineira”, são transportados os entorpecentes também oriundos do Peru e da Colômbia. Será necessário reforçar a fiscalização pela estrada, já que os carteis de drogas tomaram conta do estado e a ponte também vai facilitar os negócios de tráfico de armas e contrabando de cigarros.

A paternidade

A gestão do governador Marcos Rocha (União Brasil) está abrindo frentes de obras, de pavimentação a encascalhamento de regularização fundiária na capital e para evitar que o prefeito Lee Moraes (Podemos) assuma a paternidade de tudo isto, encomendou placas caprichadas demonstrando a autoria das suas ações. Ocorre que na gestão passada o então prefeito Hildon Chaves  contabilizava muita coisa do governo estadual como obra sua, agora como Rocha é candidato ao Senado quer que tudo fique em pratos limpos, mesmo porque é do costume dos prefeitos rondonienses, de Guajará a Teixeiropolis se apropriar dos feitos do governo estadual. É aquela história de que papagaio come milho e o periquito leva a fama!

Era das trevas

As novas gerações de rondonienses, certamente não ouviram falar de uma era, onde em disputas políticas, candidatos expulsavam concorrentes nas pelejas a Assembleia Legislatura e Câmara dos Deputados com espingarda em suas cidades e sabotavam os comício dos adversários. Na era das trevas, quando surgiu a chamada bancada do pó e ainda mais adiante a bancada dos deputados estaduais propineiros, denunciados no Fantástico, pela pratica de chantagens, muitos rondonienses inclusive parlamentares chegavam a renegar o estado em suas viagens. Era coisa de louco. Atualmente as atenções se voltam aos prefeitos, que majoritariamente são corruptos. É raro encontrar um prefeito honesto hoje em dia..

Via Direta

*** O MDB festa 60 anos de atividades com palestras nos estados projetando o futuro do País *** Levantamento do censo mais recente do IBGE deu conta que nos últimos dez anos o Acre perdeu 30 mil habitantes para Rondônia, o principal destino dos nossos vizinhos em êxodo *** De fato desde os idos do território federal, o êxodo dos acreanos tem ido enorme para o estado. Personagens importantes da política rondoniense, como o falecido senador Odacir Soares e o prefeito de Porto Velho Tião Valadares (ainda na ativa) vieram do Acre *** Regiões do estado do Amazonas ainda padecendo com enchentes e Rondônia já entrando no seu período de estiagem. O Rio Madeira tem recuado muito nas últimas  semanas mostrando grande assoreamento nas proximidades do Porto do Cai N’Água em Porto Velho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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