Quinta-feira, 5 de junho de 2025 - 16h32
Fechando os olhos por um segundo, a consciência sobre o tempo
se torna uma abstração, que não pode ser compreendida com realismo pela
reduzida capacidade mental humana, mas nos mostra a insignificância da
arrogância e da vaidade cosmética, fútil e patética.
Tudo se resume à poeira levada pelos ventos cósmicos, assim como as folhas que desaparecem sem deixar
vestígios, ou memória, na eterna dinâmica do universo. Nesse permanente
processo de transformação, os valores materiais tão apreciados pela humanidade
não compram um segundo da vida, e no lapso do exíguo tempo existencial não logramos compreender que tudo é passageiro,
e o retorno obrigatório à dimensão de onde
viemos começa no primeiro suspiro.
A frágil
existência se resume a uma abstração na qual o poder
real evidencia a impotência que nivela os mortais sem distinção. Diante do
avanço inexorável do tempo, TODOS nos curvamos e desaparecemos como as nuvens.
A percepção insustentável da vaidade e as tentativas de
eternização das memórias configuram ilações patéticas. As demonstrações de orgulho pessoal são uma
fragilidade surreal, tola e risível, com validade restrita, que acaricia o ego
dos insensatos, desprovidos de ampla
consciência sobre o significado e importância da espécie.Aquilo
que de fato precisamos para coexistir em paz é compreender
e respeitar as diferenças — descer das nuvens das ejaculações mentais
hilárias e hipotéticas e colocar os pés no chão da realidade. De quanta terra precisamos para depositar o
corpo a ser decomposto, em uma cova rasa com sete palmos? Numa demonstração de ingratidão ao privilégio da vida, deixaremos para trás a
contaminação do solo e dos lençóis freáticos, cuja água será consumida pelos que nos
substituem no tempo.
Quando alcançaremos a consciência de que a simplicidade é uma
imposição de inteligência? Já a arrogância e a prepotência são uma evidência incontestável de burrice crônica (que me
perdoem os quadrúpedes pela comparação infeliz, no entanto, ilustrativa).No
estágio de solidão que configura a alma humana, chegamos a essa dimensão de
vida passageira e imprevisível sem vínculos sentimentais ou conhecimento de
ninguém.
Somos sentenciados a partir, dando continuidade à viagem cósmica solitária. Certamente a maior gratificação nessa breve passagem
está no acolhimento assegurado pela natureza e os seres descomplicados, puros e
supostamente irracionais que a habitam. Paradoxalmente, nós, humanos, somos os causadores insensíveis da destruição
insana e injustificável da Terra e da vida que nela existe. Desprovidos de méritos e
racionalidade, transmitimos de geração a geração a promessa de paraísos,
oferecendo atrativos improváveis de compensações materiais na vida espiritual.
Que cabeça com o mínimo de discernimento daria credibilidade à ideia
de cidades celestiais com ruas de ouro e rios de leite e mel, tronos, anjos e
ressurreição, ou ainda, ociosos seres alados tocando trombetas ao lado de um
personagem todo-poderoso imaginário, sendo ajudado por adoradores preguiçosos e
acomodados, coexistindo com a harmonia e a de que não foram capazes de praticar
em vida. Enquanto tinham o privilégio de poder exercer o respeito, foram
insensíveis ao postulado da fraternidade e da compaixão, isolando-se na ilusão
egoísta de superioridade, de bem-estar material enquanto seus semelhantes, em
aflição, escutam o clamor das próprias vísceras
castigadas pela fome.
Esse é o estágio
lamentável de empobrecida consciência que alcançamos, no qual partir de diferentes bases ideológicas, filosóficas ou religiosas, moralmente questionáveis e
parciais. Os governantes promovem a excludência, em detrimento da inclusão e da
justiça social, numa realidade em que a imparcialidade é uma ilusão improvável anelada por uns poucos que não se contaminaram com a insanidade generalizada, opostos a razão, a lógica e a
decência.
Os exploradores e algozes aprimoram leis e mecanismos cada
vez mais sofisticados para exploração eficiente, mantendo o controle das
massas, submetidas a trabalhar quase meio ano para bancar a extravagância, o
desperdício e a ostentação de quadrilhas insanas que, acobertadas sob o status da
oficialidade escarnecem e zombam de multidões subservientes cegas pela
ignorância, excessivamente crédulas e ingenuamente
alheias as mutretas indecentes engendradas nos bastidores do poder por picaretas de todas as correntes
de pensamento.
Um dia na história - Capitão Jairo Saraiva
Meu saudoso pai, Capitão Jairo Saraiva, ao centro, como presidente da secção dos ex combatentes da 2a. Guerra mundial, recepcionando o melhor presid
A humanidade atravessa uma extraordinária revolução, impulsionada pela inteligência artificial.
Apesar da momentânea sensação de tranquilidade, uma tempestade de consequências imprevisíveis está se formando devido ao impacto decorrente do atra
Lembre-se, sempre: boatos são espalhados por pessoas medíocres, com visível deficiência de intelecto, espalhados por tolos e aceitos por idiotas que
Uso positivo ou negativo da mente é decisão pessoal
Conscientes ou não, somos apenas náufragos do tempo no oceano da vida, levados pelos ventos caprichosos e indecifráveis do destino, criadores das pr