Quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021 - 09h41
A julgar pelo andamento do
desfile, o “Bloco do Eu Sozinho”, que o deputado Lúcio Mosquini tem imposto ao
MDB desde sua posse na Presidência, para desespero dos demais foliões, corre o
risco de ser desclassificado. A abertura das urnas na convenção regional do
Partido será o julgamento de seu desempenho. Programado para esta sexta-feira,
véspera do sábado de aleluia, o encontro pode resultar em rebaixamento para as
pretensões do deputado e, permanecer no comando da sigla.
É claro que seu estilo
imperial de conduzir o MDB desde a posse no comando da instituição sempre
desagradou os foliões, especialmente da “Velha Guarda” do partido. De uma forma
geral, todos queriam o senador Confúcio Moura no comando partidário. Essa
insatisfação, somada ao pífio desempenho eleitoral em 2020, produziu um
isolamento que, se bom para o combate à contaminação pela pandemia, é péssimo
para uma instituição que se propõe a ser “agremiação partidária”, não
exclusividade do seu presidente.
A gota d’água desse
desencanto dos militantes com o presidente pode ter sido o convite, formulado
sem ouvir ninguém, a João Gonçalves Silva Júnior, reeleito em 2020 pelo PSDB de
Jaru, para sair candidato ao governo do estado pelo MDB. O convite, prontamente
recusado, além de desgastar a imagem do partido que comanda, ainda ofereceu ao
jovem prefeito não apenas uma oportuna notoriedade político/eleitoral, como
credenciamento para ocupar o cargo de vice ou qualquer outra vaga na chapa do
governador Marcos Rocha.
É que, além de recusar o convide do MDB,
João Gonçalves cobriu de elogios a administração de Marcos Rocha. Não se pode
esquecer que seu primo, Júnior Gonçalves é ali o principal expoente. Ou seja:
Lúcio Mosquini atirou no próprio pé ao amplificar fortemente a insatisfação,
que já não era pouca, dos peemedebistas com sua atuação na presidência regional
da sigla. Isso pode ficar evidente na convenção desta sexta-feira.
Quer saber? Melhor não cassar Sérgio Moro!
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