Sexta-feira, 5 de julho de 2019 - 09h31
URSULA VON DER LEYEN PRESIDENTE DA COMISSÃO DA EU!
Desalinho da Concorrência entre os Países e entre os Partidos da EU
Von der Leyen nasceu em Bruxelas, desde 2013 Ministra da Defesa Federal, médica e mãe de sete filhos, desde 190 membro da CDU, foi nomeada, pelos Chefes de Estado e de Governo, para o cargo de Presidente da Comissão "por unanimidade, com a abstenção da Alemanha (pelo facto do parceiro de coligação SPD ser contra)."Macron que se tinha oposto ao cabeça de lista alemão Manfred Weber (CSU) terá proposto Von der Leyen para o cargo, indicando assim não ter nada contra a Alemanha. Von der Leyen defende a criação de uma união de defesa da EU, o que agrada a Macron.
A eleição de von der Leyen terá lugar em meados de Julho, na melhor das hipóteses. Para se tornar sucessora do Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker terá de passar no Parlamento Europeu.
A Esquerda europeia bloqueia-a porque preferia uma solução à la Geringonça e por isso se encontra muito desconcertada, preferia Frans Timmerman.
Manfred Weber (não aceite por Macron como Presidente da Comissão, será por dois anos presidente do parlamento da EU) e Frans Timmerman (Vice-Presidente da Comissão Europeia). A francesa Christine Lagarde, antiga diretora do FMI, deverá dirigir o Banco Central Europeu (Com Lagarde a politização do dinheiro continuará a servir de instrumento equilibrador entre as economias efectivas do Norte e as crentes do Sul!) e o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Josep Borrell, será o Comissário dos Negócios Estrangeiros da UE. O Primeiro-Ministro belga, Charles Michel, será o Presidente do Conselho Europeu; tudo isto se for seguida a proposta dos Chefes de Estado e de Governo. Pelo pessoal proposto nota-se também uma preocupação de equilíbrio entre conservadores e socialistas.
Também o modelo do candidato mais votado não agrada ao parlamento que favoreceria um chefe de governo à la Geringonça.
Von der Leyen terá que se defrontar perante os deputados do PE (representantes do povo); o grande problema é que lhe falta a legitimação democrática.
Manfred Weber seria o mais legitimado para o cargo como representante da fracção conservadora que teve melhores resultados nas eleições, mas ele não conseguiu o apoio dos países da Europa Oriental que embora também conservadores não esqueceram algumas críticas que Weber lhes tinha feito. Estes países conservadores que por questões de princípio não queriam apoiar o sociademocrata holandês Frans Timmermans, viram em von der Layen uma boa representante da família política.
Até à sua eleição pelo Parlamento ainda terá de ser feito muito trabalho por trás dos bastidores das organizações políticas; penso que, no fim, tudo estará de acordo com o pacote proposto!
A divisão da Europa encontra-se expressa no governo de coligação CDU/CSU/SPD em Berlim. A esquerda e a direita estão cada vez menos inclinadas a compromissos. A esquerda não teme fazer coligações com partidos radicais da esquerda enquanto que a direita, por enquanto, evita o contacto com a extrema direita. O SPD alemão encontra-se também ele dividido entre a defesa de princípios democráticos europeus e a defesa de interesses alemães. Nos tempos que correm, em questões partidárias a dianteira pertence geralmente à ideologia, mas as pessoas, uma vez eleitas, passam a fazer política europeia.
Von der Layen tem experiência na resolução de situações conflituosas e como candidata do compromisso teria competência para negociar com todas as facções políticas.
O jogo entre as instituições da EU e o Parlamento, em questões de princípios, conduz a democratização da EU, determinada em 2014, ad absurdum. De facto, a concorrência deveria acontecer entre os partidos europeus e não entre os estados europeus.
A culpa de tal embrulho não se pode atribuir porém aos chefes dos governos; a sua atuação deve-se à incapacidade das fracções políticas europeias para alcançarem um compromisso; doutro modo tê-lo-iam atingido no Parlamento Europeu e apresentado o seu favorito à Comissão.
Von der Leyen, com a personalidade que tem, não terá dificuldade em ganhar a confiança do parlamento europeu. Ela tem a capacidade de diminuir o antagonismo partidário e de aproximar uns dos outros os interesses partidários, os interesses democráticos populares e os interesses das elites. Com ela não se afirma nem uma época dos derrotados (geringonças) nem uma época dos vencedores, com ela prevalecerá a mudança para o compromisso responsável. De facto, a incapacidade para o compromisso é a maior ameaça das democracias.
TOLERÂNCIA E PRECONCEITO – DOIS PRESSUPOSTOS DO PENSAMENTO
Como o Rebanho a pastar no Lameiro do politicamente Correcto da Polis
Todos nós estamos mais ou menos prisioneiros da época em que vivemos. Por isso condenamos facilmente outras épocas e tempos, sem notarmos que o motivo que nos leva a condenar apressadamente o passado e os outros é o mesmo que impede de condenarmos o que se passa em nós e no nosso tempo.
Uma necessidade intemperada de definição e de identificação leva-nos a definir o outro como o oposto para assim nos vivenciarmos como próprios; se nos definíssemos no Outro, com letra maiúscula, certamente encontraríamos muito de comum em nós e nos outros e nos sentiríamos agradecidos por através deles nos sentirmos mais nós. Objecto de análise terá de ser sempre nós e os outros no tapete do passado e do presente numa perspectiva de futuro.
Quando se vê o problema, a culpa só nos outros significa que anda não nos conhecemos bem e deste modo não se não nota a necessidade de mudar. Deste modo se dissimula e abafa a justiça. Porém só a veracidade e a compreensão têm futuro. As instituições e ideologias podem ser bengalas a que nos apoiamos, mas seria um atraso de vida andarmos sempre agarrados a elas.
Até as leis e a jurisprudência, que parecem tão objetivas, incluem uma grande margem de interpretação, para poderem ser aplicadas segundo o "zeitgeist", dos interesses e princípios que se vão mudando ao longo do tempo. Por isso as leis têm um espaço de discernimento (discricionariedade judicial) além do caráter político.
O julgamento do tempo é geralmente o pensar politicamente correcto (o crivo) que se pressupõe corresponder à ideologia da classe dominante para a maioria ou à lógica considerada certa. Em vez de nos referenciarmos com o Outro somos enredados na visão do Zeitgeist.
Os tempos mudam rapidamente, as mentalidades levam muito mais tempo a mudar-se; quanto às opiniões a mudança anda a par com a capacidade de reflexão pessoal e com as circunstancias acompanhantes.
Na sociedade contemporânea o Zeitgeist impede a reflexão e uma análise objectiva sobre a relação entre a realidade e o que somos levados a apreender dela. Hoje em dia, as reivindicações morais dos indivíduos estão acima da lei e da ordem (cf. Carla Rackete). Democracia sem leis não funciona. Tudo depende de todos, uns completam o que falta aos outros, por isso quanto mais todos mais tudo.
Num meio simplicista que divide a sociedade, a política, a crença em bons e maus a reconciliação não entra em jogo. Impossibilita-se a compreensão da mentalidade do adversário porque não se reflectiu sobre a nossa.
© António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
In “Pegadas do Tempo”, https://antonio-justo.eu/?p=5517
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