Domingo, 20 de outubro de 2019 - 08h35
Deambulava
numa manhã de domingo, na Praça da Batalha, no Porto, quando perpassei por
sujeito, elegantemente trajado: calça e casaco azul-marinho, camisa branca,
gravata cinza. Estaquei. Era janota de meia-idade, ou casquilho, como diziam
nossos avós.
De
súbito, encaminha-se sorrateiramente para junto de bando de pombas, que tomavam
sol, sobre as lajes.
Com
violência, levanta o impecável sapato de verniz preto, e bate fortemente no
granito. Assustadas, levantam num alvoraçado voo.
O
“cavalheiro “, com ar de gozo, solta sonora risadinha, como se fosse garotinho
traquina de escola. Verdadeiro moleque, como dizem nossos irmãos brasileiros.
Depois…um
pouco mais adiante, repete a gracinha, e de novo o rosto se ilumina de alegria.
Vendo
essa criança, de quase cinquenta anos, de cabelos grisalhos, fiquei a pensar: “
É esta gente, que escolhe os governantes da nação! …”
Alex
Carrel, dizia
acerca dos homens do seu tempo: “ Os indivíduos, tanto em França, como
nos Estados Unidos, não ultrapassam a idade psicológica dos dez anos. A maioria
nunca chega a atingir a maturidade mental. E, no entanto, são esses sub-homens
que, graças ao sufrágio universal, dão o seu tom à política nacional.” -
“ O Homem Perante a Vida” – Ed. Educação Nacional – 1959.
Como
se pode verificar, a humanidade pouco evoluiu. - A prova disso, é o
comportamento agarotado do “cavalheiro” que encontrei na Praça da Batalha.
É
a democracia, como se sabe, até então, a melhor forma de dirigir as nações,
mas, para que o regime democrático seja perfeito, é mister, como disse Afrânio
Peixoto, que o povo seja educado, e conheça perfeitamente os deveres: “
Só assim ele saberá escolher um governo idóneo que lhe prepare o destino
adequado e sobre o qual possa sempre exercer uma influencia salutar” –
Minha Terra e Minha Gente”.
Agora
– que o ensino é obrigatório, – e o povo está mais educado – diria melhor:
instruído,) saberá escolher, com acerto, ou continua a ser apenas eco da minoria?
Ao
assistir – pela TV, – a congresso de importante partido politico – escutei,
atónito, as respostas de congressistas, que iam escolher o líder.
Interrogados
pelo repórter, se conheciam a moção que iam votar, responderam: que não. E
confessaram, também, que nunca leram o estatuto do partido! …
Se
congressista, que escolhe o líder, desconhece tudo, ou quase tudo…o que será o
povo, que nunca entrou numa sede partidária?
Na
generalidade, defende-se a ideologia, do mesmo jeito como se torce por clube
desportivo: porque o pai é adepto, ou, para ser do contra, defende-se o clube
rival.
Rousseou,
disse: que a democracia era o regime ideal… “Se existisse um povo de
deuses, governar-se-ia democraticamente. Um governo tão perfeito não convém
aos homens.” – “Contrato Social” – Cap. IV
O
povo contínua e certamente continuará, a ser, apenas, eco da mass-media e
demagogos.
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