Sexta-feira, 27 de março de 2020 - 21h56
O filme O Poço (Netflix-2019) pode ser o próprio inferno, o purgatório e
a esperança da salvação. Quando eles descem em alguns blocos/níveis você vê os
pecados capitais: avareza, gula, ira, inveja, luxúria, preguiça, soberba. O
poço é o purgatório, os blocos seriam os níveis e os últimos equivalem ao
próprio inferno. A menina seria a esperança e, quando é encontrada, é como se
ascendesse ao céu. O personagem masculino sobrevivente – o “homem caramujo” – seria
o "messias" (não o “nosso”) tentando salvar as pessoas, tira-las do
limbo. E quando consegue não precisa mais estar ali. Este poço, lembrando, descia
até o nível 333 – que, com 2 pessoas, por cela, resulta na soma de 666...Trata-se,
ainda, de uma bela mensagem social, da pirâmide social, do topo ao fundo, e de como
seria nossa atitude ao passar por cada uma delas. Se os que estão acima tivessem
solidariedade todos comeriam. A mesa que desce tem alimento para todos: logo no
início, na entrevista, é perguntado o que cada um prefere comer. Mas,
obviamente, mostra que quem tem mais sempre quer mais e que o consumismo em
excesso leva à desigualdade. Mas quem está em cima não se importa. Agora pelo
lado social, o poço seria o governo: a tal administração. Quem foi pra lá, foi
em busca de algo. O “velho” acabou lá porque matou um imigrante ilegal,
quando ficou irado, pois o capitalismo o fez comprar o que nem precisava. Reparemos
que cada um poderia levar algo: o “homem caramujo” levou um livro, o velho uma
faca. Quanto mais abaixo eles estão, mais a faca se faz necessária e menos o
livro tem valor. Em certo momento, o “velho” diz que, dividir a comida,
racionalizando-a, era coisa de comunista. Também há a presença de um negro. Na
verdade mais de um, mas um em especial é quem sofre mais diretamente o
preconceito, pela crença, e por ser negro. O filme ainda mostra o quanto o ser
humano é capaz, o quanto ele pode ficar insano, ao ponto de uma vida não valer
nada. Quando se diz “nenhuma mudança é espontânea”, isto mostra que havendo
ameaça, então, a pessoa muda por medo. E, por fim, o poço está ali pra mostrar
o que de fato podemos fazer pela sobrevivência. É o inferno de Dante.
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