Quarta-feira, 18 de março de 2020 - 14h58
Adágios populares nem sempre revelam mais que crenças e
preconceitos, motivo pelo qual a frequência com que constituem moda num
determinado momento, logo passando ao esquecimento. Adágios, porém, têm vida
cíclica, ou seja, vão e voltam justificando, assim, a realidade a que se
aplicam.
Testemunha-se no Brasil de hoje o ressurgir de muitos
desses ditos que a sabedoria popular criou e que se manifestam geralmente
quando a ciência convencional não consegue explicar os fenômenos.
Ensina-nos uma dessas sentenças que, “em casa onde falta
pão, todos reclamam e ninguém tem razão”. Parece ser exatamente isso ao que
assistimos no país. Metidos até o pescoço em uma crise econômica, social, moral
e política, substituímos nossa capacidade de rapidamente sair dela pela
atribuição de buscar culpados.
Muitas são as causas da crise contra a qual se debate o
país, dela se não pode isentar a maioria da classe política, que não revela
interesse pelo bem comum da mesma forma e com a mesma intensidade com que
defende seus próprios e mesquinhos interesses. De alguns administradores da
coisa pública pode-se dizer que não compreendem com exatidão o papel que lhes
incumbe, como mandatários da vontade popular.
Na outra ponta, temos o segmento empresarial, cuja maioria,
sabe-se há muito tempo, professa uma única fé, a um único deus, o lucro,
enquanto os trabalhadores, facilmente se tornam massa de manobra de lideranças
oportunistas de seu próprio meio ou de meia dúzia de políticos igualmente
oportunistas. Enfim, todos os segmentos concorrem para a crise, mas nenhum admite
ter parcela de culpa no processo.
O resultado disso é buscar bodes expiatórios fora de nossos
círculos de atuação, com os segmentos envolvidos acusando-se reciprocamente,
uns culpando os outros pelos seus erros, gerando, assim, um círculo vicioso ,
que a ninguém aproveita, deixando todos com a sensação de perda, enquanto a
crise não se resolve; antes, porém, agrava-se.
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