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Não é verdade que a sociedade não tem vida própria


Não é verdade que a sociedade não tem vida própria - Gente de Opinião

Estamos nos aproximando, mais uma vez, de novas eleições. E, como, é evidente, começam a se multiplicar-se os candidatos. Segundo alguns analistas, somente para prefeito já existem mais de uma dezena de nomes cogitados, além do ocupante atual do cargo. Se formos pensar em vereadores o número, então, se potencializa. E há, no Brasil, não somente uma tradição de se pensar a política a partir de nomes, como também, muitas vezes, de se concentrar a campanha em torno dos problemas federais. É como se a sociedade local, a cidade em que vivemos não tivesse uma vida própria, como se não fossemos capazes de traçar rumos para os nossos destinos. É verdade que, tanto o Estado de Rondônia, como seus municípios, inclusive a capital, Porto Velho, dependem de recursos federais, porém, não é verdade que se possa prescindir de que a nossa sociedade se organize para construir seus próprios caminhos.

É indispensável que se pense que, ao contrário do que andou se difundindo muito, o governo não comanda as nossas vidas. É certo que política e economia andam juntas. Mas, governo não produz. Quem produz é a iniciativa privada. Governo vive dos impostos, ou seja, de puxar para si, de forma impositiva, uma parte do se produz. Ou seja, retira renda das empresas e das pessoas. E se não devolve bem, como é o caso, em geral, no Brasil, é um governo excessivo, pesado, que precisa ser diminuído, tornado eficiente, melhorado. Recentemente, por exemplo, Porto Velho apareceu na mídia por ser a capital com pior saneamento do Brasil. Também é uma cidade que não aparece entre as que se denominam de cidades inteligentes (Smart City), ou seja, que geram condições ideais para a inovação, para a economia criativa, para o empreendedorismo. Nem vamos falar dos inúmeros problemas que temos. A  realidade é que, apesar de crescermos muito, não avançamos, não nos organizamos (basta comparar com as nossas outras maiores cidades),  não definimos onde desejamos chegar, o que nossa cidade precisa fazer para ser melhor, ter qualidade de vida. Enfim, Porto Velho não se organiza, não cria uma classe política forte, uma liderança capaz de construir a cidade que desejamos ter. Neste sentido, mais do que nunca, precisamos mudar, eleger pessoas comprometidas com a melhoria de nossa cidade, com sua organização, com a geração de renda e de empregos. Que pensem, em especial, nos jovens, que sofrem com a necessidade de ter emprego e renda, de ter oportunidade no mercado. No entanto, isto não acontecerá sem que as políticas públicas melhorem, sem que a economia melhore. Que tal perguntar para seu candidato a prefeito ou vereador que ideias tem a respeito de como gerar emprego e renda? É fácil falar em melhorar a segurança, a saúde, a educação, mas, é possível fazer isto sem atividade econômica? Para termos uma cidade sustentável é preciso ter geração de empresas e empregos. O que seu candidato a prefeito ou vereador pensa a respeito? Se não elegermos pessoas comprometidas com o futuro econômico de nossa cidade, podem ter certeza, a solução de nossos problemas será muito mais difícil. Em todas as eleições os discursos não são muito diferentes. Está na hora de, como eleitores, pessoas que sustentam com impostos e votos, candidatos, eleitos ou não, indagar a quem pedir voto: o que você vai fazer de diferente por nossa cidade?

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