Terça-feira, 11 de julho de 2023 - 13h43
Segundo uma pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Treinamento
e Desenvolvimento (ABTD), houve um aumento de 34% no investimento médio em treinamentos
em 2022, resultando em uma média de gastos anuais de R$1.012,00 por colaborador.
Mas será que a evolução (principalmente) das hard skills dos
colaboradores é realmente a única saída para melhorar a performance no
trabalho? A resposta não é tão simples quanto parece.
A transformação digital sem dúvidas trouxe benefícios tanto na vida
pessoal como no trabalho. Muitas das regras que orientavam o progresso dos
negócios na era pré-digital não se aplicam mais, o que justifica uma
atualização da força de trabalho. Empresas que investem no
"desenvolvimento do material humano" saem na frente.
Mas a que preço?
Uma reflexão que tenho feito é que não apenas treinamentos, pesquisas de
clima e até oferecer aumento na remuneração e nos benefícios que se traduzem no
crescimento da produtividade. O mais importante é olhar de uma maneira mais
profunda para dentro de cada colaborador, prestando atenção nas suas
emoções.
De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt),
cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com esgotamento físico e
psicológico, o que corresponde a mais de 26 milhões de indivíduos.
O conceito de esgotamento está relacionado ao cansaço, que pode ser
dividido em três níveis: alerta, reestruturação e, por último, esgotamento.
Essa última fase ocorre quando a pessoa começa a ter pensamentos negativos,
falta de sono, ansiedade e irritabilidade, além de experimentar sintomas
físicos como dores nos ombros, enxaqueca, alergias e gastrite.
Em tempos de WhatsApp e home office, a realidade profissional transcende
(cada vez mais) a pessoal, sendo difícil discernir entre um ambiente e outro. O
nosso estilo atual de vida está deteriorado, levando junto a saúde
mental.
É necessário, então, cuidar não apenas dos benefícios tangíveis como um
bom Vale Alimentação e Refeição, mas também oferecer acolhimento e um espaço
seguro para que o colaborador tenha uma válvula de escape para os seus
sentimentos.
Algumas empresas já mantêm CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) ou
projetos como a Psicologia Viva. Acredito que o caminho é também criar
programas internos que visem o bem-estar psicológico.
E o tratamento não se restringe apenas à terapia. A partir de técnicas
de manejo do esgotamento que utilizam conceitos neurocientíficos é possível
conduzir treinamentos com foco na exaustão. Da mesma maneira que uma pessoa é
capacitada para usar o Excel, ela também pode aprender a ter equilíbrio
mental.
Insights neurocientíficos sobre como o cérebro humano lida com mudanças
rápidas ajudam a transformação não apenas tecnológica e econômica, mas também
do ponto de vista dos funcionários.
Inclusive, novas técnicas neurocientíficas podem ajudar a moldar uma
cultura corporativa baseada na agilidade emocional e de conversação, além de
nutrir equipes de alto desempenho que adotam mudanças contínuas.
Pense em um copo que já está quase cheio: a lei mais básica da física
impede que dois corpos ocupem o mesmo lugar no espaço. É preciso primeiro
aliviar a tensão e minimizar preocupações para somente depois ter espaço para
novas emoções e – no caso do ambiente corporativo – conhecimentos inovadores
que levarão a uma melhor performance e crescimento da empresa.
As organizações que aplicam a neurociência, a psicologia da dinâmica humana
e a empatia podem criar um paradigma que promove a resiliência e a
adaptabilidade. Essas abordagens podem desativar os gatilhos e aumentar a
eficácia organizacional.
*Por Lisia Prado, sócia da House of Feelings, primeira escola de
sentimentos do mundo. Mais informações em: site
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