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Engrenagem viciada


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Pobres e enfrentando graves problemas de infraestrutura, municípios do interior de Rondônia, em sua maioria, têm sido vítimas de más administrações e de políticos espertalhões que se apropriam de recursos públicos em detrimento da população. Trata-se de uma prática antiga, arraigada e que ao longo dos anos vem contribuindo para agravar o estado de penúria em que vive o morador interiorano.

Muitos políticos gerenciam mal os recursos financeiros de que dispõem para promover ações de interesse da sociedade, o que tem levado o Tribunal de Contas do Estado a cobrar a devolução de milhões de reais de prefeitos que não teriam prestado contas das verbas recebidas. Não me recordo de algum caso em que o TCE tenha apelado para a intervenção. Fato é que prefeitos e ex-prefeitos tanto da capital quanto do interior carregam sobre os ombros acusações de malversação de verba pública.

A lista é extensa. Obras superfaturadas, outras tantas inacabadas, recursos que teriam sido usados sem a convincente justificação e aplicação inadequada do porcentual destinado à manutenção e desenvolvimento do ensino, dentre outras irregularidades, estão na ordem do dia. E não é de hoje. Pelo contrário, este filme é antigo. No fundo, prefeituras são usadas como trampolim para o enriquecimento de políticos corruptos, oportunistas e clientelistas, indiferentes às reais necessidades da população.

Esse cenário de aberrações vem sendo desenhado por dirigentes inescrupulosos que agem movidos pelo sentimento de impunidade. Alguns foram defenestrados do poder, tiveram de prestar contas à Justiça, mas não se tem noticia de punições mais severas para os crimes que cometeram, pois ainda desfrutam de liberdade, quando, na verdade, deveriam estar atrás das grades.

Algumas cidades parecem que foram atingidas por um terremoto, dado a situação de abandono em que se acham, pois o dinheiro que deveria ter sido aplicado em projetos de desenvolvimento simplesmente acabou nas contas bancárias de administradores corruptos, por meio de uma engrenagem viciada, que só poderá ser driblada mediante eficiente método de fiscalização, fazendo com que o dinheiro chegue ao seu destino e se transforme em benefícios para a população. Somente assim será possível concretizar projetos bem intencionados.

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