Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020 - 14h55
Perdoe-me o deputado Alex Redano, presidente da Comissão
Parlamentar de Inquérito que investiga eventuais abusos praticados pela empresa
Energisa contra consumidores rondonienses, mas não acredito que a CPI da
Energisa logrará êxito na missão para qual foi criada. Respeito à opinião do
deputado, mas essa história de que a CPI “precisa dar uma resposta à altura do
que o consumidor merece”, não convence mais, exceto os incautos.
No fundo, deputado, o máximo que essa Comissão produzirá será
um calhamaço de páginas inúteis, sem nenhum efeito prático. Até hoje não vi nenhuma Comissão Parlamentar
de Inquerido, instituída pela ALE/RO, resultar em proveito para a população.
Todas elas acabaram em pizza gigante. No
caso da CPI da Energisa, posso até morder a língua. Se isso acontecer, porém,
tenho humildade suficiente para reconhecer meu erro. Afinal, a humildade é sinal de grandeza a que
nem todos estão acostumados.
Não bastar, contudo, ir a um programa de rádio ou ocupar a
tribuna do parlamento e dizer que vai fazer isso ou aquilo. É preciso agir. O
povo está cansado de ouvir promessas messiânicas. Ele quer ações concretas e
duradoras que contribuam de alguma maneira para, pelo menos, amenizar os
problemas do dia a dia. Essa CPI da Energisa nasceu morta e, logo, será
enterrada. O contrário disso seria tentar tapar o sol com peneira, como se a
sociedade fosse constituída apenas de energúmenos.
Sejamos, pois, coerentes e realistas. Lamento se decepciono o
nobre deputado. Respeito os que pensam diferente, mas é ilusão acreditar que essa
CPI vai resolver alguma coisa. Não vai acontecer nada. Até porque ela foi
criada exatamente para isso, ou seja, apenas para encher linguiça e torrar a
paciência dos consumidores de energia elétrica, cansados de serem espoliados em
seus mais comezinhos direitos. A Energisa vai continuar dando as cartas de um
jogo maldito em que só um lado ganha. E ponto final.
Os altos interesses públicos, numa verdadeira democracia,
precisam superar todos os demais interesses, porque só assim o bem público
estará assegurado. Houvesse, por parte da ALE/RO, vontade política e
determinação para resolver o problema, nem precisava criar uma CPI, hoje, vista
por muitos rondonienses, como um embuste eleitoreiro.
A liberdade de expressão e seus limites
A questão da liberdade de expressão sempre foi uma coisa delicada. E se torna ainda mais em países onde não existe uma tradição democrática consolid
“Nasceu na capital argentina no dia 17 de Dezembro de 1936, filho de emigrantes piemonteses: o seu pai Mário trabalhava como contabilista no caminho
Impasse no comando estadual trava reestruturação do MDB em Rondônia
O MDB de Rondônia foi conduzido a uma realidade institucional dramática, rigorosamente incompatível com a agremiação vigorosa que comandou, por dive
Cultura forte vs. cultura tóxica: onde está o limite?
Ao longo de minha trajetória profissional, tive a oportunidade de vivenciar de perto diferentes culturas organizacionais. Algumas empresas exalavam