Porto Velho (RO) sexta-feira, 6 de junho de 2025
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Gente de Opinião

Crônica

Por onde ando, gatos!!


Fátima Ferreira Santos - Gente de Opinião
Fátima Ferreira Santos

Eu me apaixonei pelos gatos há mais ou menos 23 anos. Eles foram invadindo minha vida, sorrateiramente, como somente os gatos sabem fazer.  Hoje, meu coração é cheio de pelos de todas as cores dos(as) amigos(as)/filho(a)s felinos(as) que tive e tenho.

Todas as vezes que venho ao Ceará e ando pelas praias, me dou conta, com mais intensidade, do extremo abandono em que vivem esses lindos animais domésticos. Perambulam pelas ruas, e as barracas nas praias são habitadas por felinos mendigos, aguardando a comiseração alheia para sobreviver. Tal qual mendigos humanos, eles também não têm um lar, são doentes, rejeitados, mortos, chutados e amaldiçoados. Meu coração não resiste e dou meu peixe para eles. Imperceptivelmente aos olhos dos que me rodeiam, eu choro; mas as lágrimas são internas, porque gostaria de poder levá-los comigo e cuidar de cada um com todo meu amor. Não posso, com o meu jeito aquariano de ser, deixar de pensar na maldade humana, e no descaso institucional no trato com os animais. Não somente os felinos, mas também os cães como animais domésticos. Alimentei com parte do peixe do meu jantar três deles. Depois, no almoço, mais um; e não saiu da minha memória o dia inteiro a visão de uma escória da maldade humana em forma de pelos pretos sarnenta e maltratada.  Quis chorar, desviei o olhar e pedi ao universo para levá-lo a outro lugar – no além-terra, onde não possa mais sofrer.  Não pude levá-lo comigo e isso me dói e me revolta. Na rua onde mora minha família, há um gato que mia diuturnamente. Ele tinha um lar, agora perambula e seu miado é um lamento que dói nos ouvidos e no coração. Alimento e converso com ele. Chamam-no de "gato de botas" – ele tem patinhas brancas contrastando com sua pelagem preta. O gato de botas tem um olhar triste, e eu tenho certeza que seu lamento é de dor pelo abandono. Procuraremos um lar para ele, pois na casa da minha mãe já adotamos cinco lindas mães felinas, que não tinham um lar.

Por fim, o que penso é que o ser humano sabe ser cruel: maltrata a vida dos felinos, dos cães, dos seus semelhantes, da natureza em que vive etc. Daqui do quintal da minha mãe, sob o vento Aracati, eu desejo e sonho um mundo melhor. Quero conseguir um lar de amor para o "gato de botas". Que o universo conspire para isso!

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