Quarta-feira, 17 de março de 2021 - 14h42
O Papa Francisco, por meio do documento “Patris
Corde” proclamou 2021 como o Ano de São José. Esse documento, cuja tradução
significa “Coração de pai”, aborda, justamente, o coração paterno, cheio de
amor e acolhimento de São José ao seu filho adotivo, Jesus. Interessante notar
que, em meio aos novos rumos que a humanidade tomou forçosamente, devido à
pandemia, muitos homens tiveram que estar mais tempo presente em casa,
trabalhando remotamente. Mesmo que tenha sido por uma obrigação, converteu-se
em chance, para o pai estar mais presente na vida dos filhos e da esposa.
Com a revolução industrial, o homem se viu obrigado
a sair de sua oficina, sua lavoura, enfim, de seu meio de sustento, que
geralmente ficava ao lado ou próximo de sua casa e possibilitava tanto o
contato afetivo, como a transmissão de sua profissão aos seus filhos. Ir para
as fábricas, para as cidades, provocou, em muitos casos, o distanciamento dos
filhos. Até nessa época, o pai era muito mais presente na vida dos seus
rebentos.
No século passado, foram as mulheres que tiveram
inserção no mercado de trabalho, provocando outra mudança de comportamento e na
sociedade. Vemos hoje muitos filhos criados pelos avós ou em creches e
escolinhas infantis ou simplesmente, pela mãe, que sendo solteira ou mesmo
casada, assume sozinha o cuidado das crianças.
Um outro Papa, São João Paulo II, em meados dos anos
80, afirmou que a plenitude do ser masculino está na paternidade. Ou seja,
quando o homem se torna pai, descobre um motivo nobre em sua existência, desde
que doe tudo o que ele é e tem, pela vida e pelo bem de alguém indefeso e
dependente dele, seu filho.
Nenhum ser humano chega à plenitude de si, a razão
de sua existência, sem compreender que fazer o bem ao outro é o verdadeiro
motivo de sua vida. A busca por satisfação e realização de metas próprias são
boas, mas nos preenchem até o ponto em que começamos a desejar outro objetivo
ainda maior.
A vida dos santos nos ensina que dedicar-se a
salvar, proteger e suprir o semelhante traz uma realização que não se compara a
nenhuma outra. Para termos um exemplo, cito o trabalho dos médicos que se
voluntariam em países subdesenvolvidos e me pergunto: será que algum deles tem
dilemas existenciais em sua alma? Creio que não, porque quando fazemos o bem
sem esperar retribuição, salvamos, primeiramente, a nós mesmos. Assim também
será com um pai e uma mãe que abrem mão de certos confortos para si mesmos, e
se dedicam em tempo, à amizade ou ensinando algo a seus filhos, e se esforçam
para vê-los felizes.
Esse documento “Patris Corde” tem muito a
ensinar, a nós homens, nesse tempo atual. Nem é necessário gerar na carne para
colocar isso em prática. Eis o que disse o Papa Francisco: “A felicidade de
José não se situa na lógica do sacrifício de si mesmo, mas na lógica do dom de
si mesmo”. Se fizermos por amor, não se torna obrigação ou peso.
“O mundo precisa de pais”, precisa de Josés que,
com coração de pai, acolham, dêem de si mesmos aos filhos, às esposas, aos
jovens, aos idosos, aos menos favorecidos, enfim, ao próximo! Aprendamos a ser
inspirados por São José em nossas atitudes.
*Sandro Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova e autor
dos livros: “As Cinco Fases do Namoro”, “Maria, humana como nós”, “Ato
Conjugal, Beleza e Transcendência”, “Terço dos homens e a grande missão
masculina”, “Quem tem um amigo tem um anjo”, “Como Rezar o Terço Mariano” e “Devocionário
à Santa Cruz”, todos pela Editora Canção Nova.
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