Segunda-feira, 5 de maio de 2025 - 17h27
Cuidar da
alimentação é uma das formas mais poderosas — e muitas vezes subestimadas — de
promover saúde e bem-estar ao longo da vida. Para as mulheres, esse cuidado vai
além de contar calorias ou seguir dietas da moda: envolve conhecer as
necessidades do próprio corpo, entender as variações hormonais, respeitar os
sinais internos e adaptar escolhas alimentares conforme as fases da vida.
A verdade é que não
existe uma única forma certa de se alimentar bem. O que funciona para uma
mulher pode não funcionar para outra, e tudo bem. O importante é construir uma
rotina alimentar que seja equilibrada, realista e que esteja alinhada com o seu
estilo de vida, suas prioridades e seus objetivos de saúde. Nutrir-se é, antes
de tudo, um ato de respeito com o próprio corpo.
Pensando nisso,
além de falar sobre alimentação, vale também olhar para o cuidado com a saúde
de forma mais ampla. Isso inclui sono, estresse, atividade física, saúde
emocional e mental. Se você quer ir além do prato e descobrir outras formas de
se cuidar, confira essas dicas de
cuidados na saúde da mulher, que podem transformar sua rotina e sua
relação com o autocuidado.
A seguir, veja
dicas de alimentação para incluir na sua rotina:
1. Seu corpo muda — sua alimentação também pode mudar
O metabolismo da
mulher não é uma constante. Ele é influenciado por fatores hormonais que variam
ao longo do mês (ciclo menstrual), ao longo dos anos (gravidez, amamentação,
menopausa) e também de acordo com o estilo de vida (estresse, sono, atividade
física).
Por isso, uma
alimentação saudável para mulheres não deve seguir fórmulas prontas. O ideal é
que ela seja flexível e adaptada à fase de vida:
2. Hormônios e alimentação: uma relação direta
Os alimentos que
você escolhe afetam diretamente o equilíbrio hormonal. Açúcares em excesso,
ultraprocessados e gordura trans, por exemplo, favorecem picos de insulina e
inflamações silenciosas — que podem desregular o ciclo, aumentar os sintomas da
TPM e até piorar quadros de acne, fadiga e variações de humor.
Por outro lado,
alguns alimentos funcionam como aliados hormonais:
3. Alimentação emocional: escuta ativa ao corpo
Quantas vezes você
já comeu sem estar com fome? Ou deixou de comer por sentir culpa? A alimentação
da mulher está frequentemente atravessada por pressões estéticas,
dietas da moda e emoções mal resolvidas.
Por isso, além de
saber o que comer, é fundamental reaprender a se relacionar com a
comida de forma mais intuitiva e gentil. Práticas como a alimentação
consciente (ou mindful eating) ensinam a reconhecer os sinais reais de fome e
saciedade, identificar gatilhos emocionais e comer com mais presença e prazer.
A dica aqui é
simples: comer com atenção plena. Longe do celular, saboreando o
alimento, observando o corpo antes, durante e depois da refeição.
4. Cuidado com os extremos: nem 8 nem 80
Alimentação
saudável para mulheres não é sobre perfeição, é sobre constância e
equilíbrio. Comer pizza com amigas, tomar um sorvete com os filhos ou tomar
um vinho no sábado à noite não anula uma rotina nutritiva.
O problema está nos
extremos: viver de ultraprocessados ou tentar seguir uma dieta restrita e
insustentável. Ambos os caminhos levam à exaustão — física e mental. O ideal
é construir uma rotina alimentar que funcione para a sua vida real.
Uma regra prática:
5. Pequenas mudanças que fazem uma grande diferença
Se você quer
começar uma rotina de alimentação saudável, comece aos poucos. Não precisa
mudar tudo de uma vez — e nem deve. Aqui vão três pequenas ações que já causam
impacto:
Com o tempo, essas
pequenas ações viram hábito. E quando os hábitos mudam, os resultados aparecem
— de dentro pra fora.
6. A importância de consultas médicas e nutricionais
Embora a
alimentação saudável seja essencial para o bem-estar, consultar um médico e um
nutricionista regularmente é fundamental para uma abordagem personalizada.
Profissionais de
saúde podem realizar exames laboratoriais para verificar
carências nutricionais, como deficiências de ferro, cálcio, vitamina D e outros
micronutrientes. Isso é especialmente importante nas fases da vida em que o
corpo da mulher está sujeito a maiores variações hormonais e nutricionais, como
durante a gestação, a amamentação ou a menopausa.
Além disso, com a
orientação de um nutricionista, é possível personalizar a dieta de
acordo com as necessidades individuais, ajustando o consumo de alimentos e, em
alguns casos, indicando suplementos nutricionais. Suplementos podem ser úteis
para corrigir deficiências temporárias ou crônicas, como na reposição de ferro,
vitamina D, ácido fólico e outros nutrientes importantes para a saúde da
mulher.
No fim das contas,
alimentação saudável para mulheres não é sobre contar calorias nem seguir regras
rígidas. É sobre escutar seu corpo, entender suas necessidades e fazer
escolhas com consciência e carinho.
Cuidar da
alimentação é uma das formas mais acessíveis e transformadoras de exercer
autocuidado. E não existe momento ideal para começar: o melhor momento é agora,
com o que você tem, dentro da sua realidade.
Referências:
CONSELHO REGIONAL
DE NUTRICIONISTAS DA 3ª REGIÃO. A alimentação em todas as fases da vida da
mulher. Disponível em:
https://www.crn3.org.br/arquivos/eede5b39e1b1e06322e5fea43cbe771f.pdf.
BRASIL. Ministério
da Saúde. Dia da mulher: recomendações para uma vida mais saudável.
Publicado em: 03 mar. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2022/dia-da-mulher-recomendacoes-para-uma-vida-mais-saudavel-2.
SUNIL KUMAR et al.
Uma revisão abrangente das necessidades nutricionais para a saúde da mulher.
International Journal For Multidisciplinary Research, v. 6, n. 5, 6 out. 2024.
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