Terça-feira, 31 de março de 2020 - 17h14
Este é, sem dúvida, um momento
muito difícil para Porto Velho, Rondônia e o País. Em razão da pandemia do
Covid-19, de uma forma geral, se adotou, por questões de entendimento das
autoridades sanitárias, uma situação de lockdown, palavra da língua inglesa que
significa bloqueio, um protocolo de emergência para impedir a circulação de pessoas
e a realização de atividades consideradas de risco. Foi uma decisão dos três
níveis de poderes, o federal, estadual e municipal, pois, o presidente da
república, governadores e prefeitos decretaram estado de calamidade pública.
Isto para evitar a disseminação do Coronavírus em nosso país. Medida correta,
num primeiro momento, mas, que impediram o funcionamento do comércio, indústria
e serviços. No fim, quase todos os estabelecimentos estão com suas operações
paradas. Os shopping centers fecharam, os bares, restaurantes, que só podem
atuar para entrega, micros e pequenos negócios, até os informais estão sendo
impedidos de atuar, com exceção apenas das atividades consideradas essenciais,
tais como assistência à saúde, de telecomunicações, comércio de alimentos e
bebidas, supermercados, entre outros. Este isolamento social, o tal do lockdown,
provocou, um efeito cascata, um efeito colateral, de enorme relevância
econômica. Não só dos comércios de portas fechadas, mas, também, entre aquelas
pessoas que são autônomos, profissionais liberais, vendedores ambulantes,
diaristas, enfim, de todos os que dependem, diariamente, de seu trabalho para
colocar comida na sua mesa. Outro impacto relevante provém de que sem
faturamento o governo não arrecada e, sem impostos, a situação fiscal e
financeira da própria União, estados e municípios se agrava. E todos, quase
todos, possuem dívidas e são deficitários. O presidente Bolsonaro analisando a
situação, diante da responsabilidade que tem, entendeu que não dá para manter a
economia parada. E, como sempre fez abriu o verbo, sem meias palavras,
criticando os governadores que agiram com mais dureza. E tendo contra si, como
sempre teve, a mídia, dividiu a opinião pública ao fazer, o que é correto. Todos
nós empresários sabemos, a necessidade imprescindível de conciliar a saúde e a
economia. A questão ganhou as mídias sociais não, como é normal, em volta de
argumentos convincentes, mas, de quem gosta, ou não, de Bolsonaro. Não é o
caso. Trata-se de um dilema ético. É um conflito entre o universalismo e o
utilitarismo. É semelhante à questão entre demitir 100 funcionários para salvar
2.000. Ninguém gosta de demitir, mas, é obrigado a fazer para salvar sua
empresa. O utilitarista decide, com rapidez, para salvar a empresa. O
universalista fica com a empresa e desemprega todo mundo. É uma decisão
difícil, mas, quem dirige um município, um estado, uma nação, neste momento,
terá que ser utilitarista em algum momento. É preciso respeitar uma decisão,
ainda mais quando envolve vidas, quando envolve questões humanitárias. Não se
deve apedrejar ninguém por suas opiniões ou posições, especialmente, quem tem
que tomar uma decisão tão complexa e difícil. Ninguém de fato, na encruzilhada
que estamos, pode ter certeza nem ser dono da razão. Temos sim que buscar
formas de encontrar soluções. E estas, infelizmente, não podem ser a ideal de
todo mundo ficar em casa. Há uma grande parte de nossa população que não pode e
outra, como policiais, limpeza pública, saúde, informática, transportes,
telecomunicações, mídia, que são indispensáveis para que o sistema não entre em
colapso. As lideranças sejam políticas, religiosas, sanitárias e jurídicas
devem ter muita calma e ponderação. Refletir muito bem sobre o peso de suas
palavras e decisões. Não se pode decidir em cima de ser a favor ou não, de
qualquer governante, e sim de olhar além do horizonte e tentar medir o preço
que nós vamos pagar que, de qualquer jeito, já é muito alto.
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