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200 mil heróis a serviço da agricultura brasileira


Fabio Torretta - Gente de Opinião
Fabio Torretta

A agricultura brasileira é um gigante. O Valor Bruto da Produção Agrícola, que mostra o tamanho do negócio dentro da porteira, atingiu R$ 520 bilhões em 2020, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com crescimento de expressivos 13,6% sobre o ano passado. A expectativa para 2021 é de novo aumento de dois dígitos, a partir da previsão da próxima safra recorde de grãos. 

O agricultor brasileiro é a peça principal dessa engrenagem. Ele trabalha de sol a sol, reza para a chuva, planta, colhe, prepara o solo, planta novamente. E, dessa forma, cumpre o papel essencial de produzir alimentos para atender às necessidades dos brasileiros e de outros 180 países espalhados pelos sete continentes – as exportações agrícolas devem superar US$ 70 bilhões até o final do ano. 

Um profissional anônimo, da linha de frente da agricultura, também tem importância vital na cadeia da produção de alimentos: o responsável técnico. É o engenheiro agrônomo, o engenheiro florestal e também o técnico agrícola. Eles merecem todo o nosso reconhecimento e respeito. 

Sua função é vital para o sucesso do agronegócio. Esses especialistas são verdadeiros consultores de campo, fontes técnicas preparadas para atender às necessidades dos agricultores, orientar, capacitar, dar sua contribuição ao ciclo completo da produção de alimentos de origem vegetal. 

Especificamente em relação aos defensivos agrícolas, eles são os únicos legalmente habilitados a prescrever o receituário agronômico, procedimento obrigatório para a comercialização para os agricultores. 

A prescrição segue regras rígidas. Os engenheiros (agrônomos ou florestais) e técnicos agrícolas somente podem receitar produtos para as culturas e/ou os problemas para os quais os produtos fitossanitários estão indicados, segundo as recomendações de rótulo e bula aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Anvisa e Ibama. 

E isso é muito sério. Afinal, o receituário representa uma autorização por escrito para o agricultor aplicar determinado agroquímico nos seus cultivos. Assim, antes da elaboração da receita, os responsáveis técnicos precisam avaliar todos os fatores envolvidos no uso dos defensivos agrícolas. E fazem isso com muita competência. 

Essa responsabilidade pelo uso seguro e responsável dos agroquímicos e pelas boas práticas agrícolas é de um exército. Segundo estimativas de instituições de classe, são mais de 200 mil engenheiros agrônomos e florestais, além de técnicos agrícolas, no exercício dessa função essencial. 

O trabalho desse grupo seleto contribui decisivamente para proteção e controle de doenças, pragas e ervas daninhas, inimigos que podem derrubar quase pela metade a produção do campo no país. 

Nesse sentido, aliás, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal coloca à disposição dos responsáveis técnicos e demais envolvidos na cadeia da produção de alimentos dois materiais muito importantes. Um deles é o conteúdo 10 Regras de Ouro do Uso Correto e Seguro de Defensivos Agrícolas”, que facilita o acesso às boas práticas agrícolas. As recomendações envolvem planejamento, certificação de produtos, transporte adequado, proteção individual, aplicação fiel às doses recomendadas e descarte correto das embalagens utilizadas e de sobra de produtos. O outro é um detalhado manual de segurança para a aplicação de defensivos agrícolas. O documento foi elaborado em parceria com o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 

Defensivos agrícolas são produtos essenciais que requerem cuidados especiais. Usá-los da forma correta e segura é benéfico para o agricultor, o meio ambiente, as plantações e a sociedade. Com essa premissa, o Sindiveg desenvolveu uma plataforma digital de treinamentos sobre produtos fitossanitários, sua importância e uso correto e seguro no campo. A proposta é compartilhar conhecimentos com produtores – especialmente os pequenos e médios –, técnicos e demais interessados. São quatro conteúdos no primeiro módulo, com os seguintes temas centrais: O que são defensivos agrícolas e quais os cuidados a ser tomados no seu uso; Controle de riscos; Equipamentos Individuais de Segurança (EPIs); e Como colocar e retirar os EPIs de forma correta. A ferramenta é totalmente gratuita e gera um certificado ao final do módulo. As inscrições podem ser feitas em treinamentos.sindiveg.org.br. 

Fica aqui nossa homenagem aos responsáveis técnicos, homens e mulheres que amam o campo e se dedicam a cumprir o seu relevante papel na cadeia da produção de alimentos de origem vegetal. Cumprindo bem o seu papel, vocês ajudam a agricultura brasileira a bater recordes de produção e produtividade ano após ano. 

*Fabio Torretta é engenheiro agrônomo especialista em marketing e gestão, diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) e presidente da UPL Brasil.

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