Quarta-feira, 29 de outubro de 2008 - 22h31
Ivy Farias
Agência Brasil
São Paulo - O presidente Luiz Inacio Lula da Silva disse hoje(29) na solenidade de abertura do 25 Salão do Automóvel, em São Paulo, que o país não precisa aderir a uma "crise financeira psicológica". "Você toma café, almoça e janta ouvindo falar de crise. Não quero ser vendedor ou profeta do apocalipse, mas a situação não é para entrar em pânico", disse o presidente.
Lula disse que o Brasil "nunca esteve tão bem" e que tem aconselhado a população a continuar consumindo. "As pessoas devem continuar comprando para que as empresas continuem produzindo, o comércio comercializando e os governos arrecadando impostos. Este é um momento de ousadia", ressaltou.
Para o presidente não seria justo, "logo agora que os mais pobres podem comprar seu carrinho não consigam", que falte crédito para o setor de automóveis. "Não ou deixar este setor dinâmico passar por privações como teve nos anos 80. Temos reservas de R$ 100 bilhões de compulsórios para irrigar o sistema", destacou.
Lula falou que os representantes da indústria estão livres para procurar os ministros Guido Mantega, da Fazanda, e Henrique Meireles, presidente do Banco Central, caso tenham algum problemade liquidez."O brasileiro tem direito a sua paixão nacional em suaves prestações", falou sobre a reunião que os representantes encontrarão os ministros na próxima sexta-feira, em São Paulo.
Outro setor que o governo federal pretende dar atenção especial é o da construção civil. Para isso, Lula garantirá crédito para quem deseja comprar sua casa própria, financiamento para aquelesque pretendem investir e capital de giro para empresas de pequeno e médio porte. "O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão preparados para irrigar o sistema e para que não haja problema de liquidez", disse o presidente.
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