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Carlos Henrique

Viadutos inacabados: Conta outra Nazif


A mera reprodução de releases por nossos atentos veículos de comunicação deixa um mundo de perguntas sem resposta. E embora os leitores se queixem, especialmente via comentários postados no Facebook, sobre os quais os editores felizmente não têm controle, ninguém dá a mínima. Como este blogueiro não publica releases e não se preocupa com o factual, optando por comentar o que imagina mais interessante para o leitor, algumas coisas vão passando e ninguém se preocupa em atentar para a queda da pouca credibilidade ainda existente.

 
Pois bem. Alguns leitores reclamaram também via Facebook e fui buscar respostas para pelo menos algumas questões levantadas sobre as obras dos viadutos para tentar atender satisfatoriamente à curiosidade geral. Eis algumas:

1 Ricardo Castro Silva – Carlos. Pode explicar porque só agora o prefeito entregou as obras dos viadutos para o DNIT?
 
Blogueiro – Não. Sei que não é por pura teimosia. O prefeito imaginou que conseguiria, com sua equipe, continuar as obras. Afinal, recursos de R$ 60 milhões estariam esperando para serem administrados. É uma montanha de dinheiro para uma administração que nem de longe terá as facilidades que jorraram das torneiras governamentais para Roberto Sobrinho, que teve a felicidade de estar no local e na hora acertados. Brasília despejou grana por conta da campanha de Dilma, as Hidrelétricas despejaram mais grana por conta de compensações e Sobrinho se lambuzou. Para Nazif restaram as obras inacabadas, a crise e o fechamento das torneiras. Daí a teimosia.
2 Valdirene – Porque você não diz que o DNIT atrasou as obras para prejudicar o prefeito?
 
Blogueiro – Porque não é verdade. O prefeito alega que o DNIT não forneceu a documentação atualizada com os cálculos do remanescente das obras. Acontece que os documentos foram entregues. Mas são efetivamente os mesmos produzidos em 2011. O que se fez em 2012 terá que ser refeito, pois está absolutamente errado. Vale, portanto, o trabalho de 2011. A Prefeitura não conseguiu nem mesmo entender isso. Fazer o quê? Os técnicos do DNIT morreram de rir.
 
A coisa ficou tão feia para os lados da Prefeitura que Mauro Nazif parece ter perdido o referencial e manifestou contrariedade pelo fato do governo do estado ter vindo ao socorro de Porto Velho com a interferência nas obras da Rua da Beira. Tenha paciência, Doutor Mauro. Poupe-nos dessa indignação fajuta. O que será que o senhor esperava? Prolongar ainda mais o sofrimento da população? Se o governador Confúcio Moura não tivesse a sensibilidade para atender ao pedido de socorro da população, a Rua da Beira estaria intransitável até hoje e com a perspetiva de esperar mais um inverno pelas obras. Pior: com a desistência da Prefeitura a coisa ficou mesmo complicada. É preciso realizar uma nova licitação para retomar os trabalhos. Há todo um trâmite burocrático a ser seguido, o que ria naturalmente empurrar o início das obras para o período chuvoso.
 

Eu disse iria, caso não estivesse ocorrendo outro problema: o DNIT está em greve e as negociações estão empacadas em Brasília, sem perspectiva, portanto, de acordo. Parou tudo. Mesmo as obras de recuperação da BR-364 eram para estar paralisadas, já que não vai haver qualquer medição ou fiscalização no período e as empreiteiras não vão receber nem um tostão. Com relação aos viadutos, não está longe da verdade quem apostar que as obras só recomeçam em 2014, a partir do fim do inverno. Isso, numa perspectiva otimista.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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