Sábado, 13 de outubro de 2012 - 10h40
Aconteceu exatamente aquilo que estava previsto. O candidato Mário Português foi convencido pelo ex-governador Ivo Cassol e disputar a Prefeitura de Porto Velho e foi tirado do segundo turno pelo próprio, claro que com uma boa ajuda do também ex-governador José Bianco. Não fosse tal vinculação, que contribuiu decisivamente para os elevados índices de rejeição de Mário Português, o candidato estaria agora possivelmente no segundo turno, com grande possibilidade de se eleger, pois foi o único nome realmente novo na política municipal.
A verdade é que Porto Velho não perdoa Ivo Cassol por ter transferido para a cidade os efeitos deletérios (palavra horrorosa, mas de amplo significado: danoso, insalubre, nocivo, pestífero, prejudicial e venenoso, conforme ensina Aurélio) de sua briga com Roberto Sobrinho. O atual prefeito, mesmo procurando passar a ideia de uma fantástica aprovação de seu trabalho, também foi aquinhoado, só que quem apanhou foi Fátima Cleide. Da mesma forma, o nome de Bianco ainda encontra enorme rejeição em Porto Velho, por conta da demissão dos servidores. É bom lembrar que Ji-Paraná não concentra grande número de servidores estaduais, pelo que o que acontece aqui não vale lá.
NaDA
De volta a Mário Português, ele está corretíssimo ao condenar a agência de Ivo Cassol, a NDA, que contratou - dizem que a peso de ouro - para a campanha. Seus marqueteiros sabem exatamente isso, NaDA. Além, claro, de prestar ao ex-governador uma vassalagem nauseante. Isso ninguém me contou: eu mesmo vi, em uma reunião com as assessorias de imprensa do estado na residência oficial.
Meu amigo Carlão Sperança escreveu que a NDA conseguiu “amaciar” Mário Português. Não acredito. Não por Mário, que se não soubesse manter um bom relacionamento com o público não conseguiria sucesso na área comercial. Mas se a NaDA tivesse alguma competência nessa área já a teria aplicado em Ivo Cassol, cuja truculência só encontra paralelo em Dilma Roussef. E isso, pelo menos até agora, não os tem prejudicado eleitoralmente.
O que efetivamente o eleitor não admite é arrogância. Acir Gurgacz vai perceber isso quando tentar a reeleição.
Curioso é que tendo comido o pão que o diabo amassou nessa sua aventura eleitoral, Mário Português parece ter gostado do cardápio. Ele já anuncia a disposição de assumir o comando do PPS, hoje controlado por Cassol através de seu ex-vice, João Cahulla. Faz bem: o partido está absolutamente acéfalo em Rondônia, conforme atestam pessoas de dentro da agremiação.
O sucesso da empreitada depende, claro, na manutenção do patrimônio eleitoral agora conquistado. É esperar para ver.
Abaixo da cintura
Mal começou acampanha do segundo turno e toda aquela hipócrita fidalguia anteriormente exibida foi descaradamente abandonada. Os candidatos e seus defensores começam a desferir fortes golpes abaixo da linha da cintura. Pegou mal a manifestação claramente forjada contra o prefeito Dinho em Candeias. A redeTV estava lá para registrar, como se coincidentemente sua equipe estivesse passando por ali naquele momento. A coisa foi tão (mal) armada que é grande o risco do tiro sair pela culatra. É só esperar prá ver.
Do lado de Garçom também pipocam alguns tirombaços na direção do adversário. Alguns até divertidos, como o que diz que Mauro Nazif será denunciado no Procon pela prática ilegal de venda casada: ele e o mano Gilson – que não chega a ser considerado exatamente um amor de pessoa.
Fonte: Carlos Henrique
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