Quinta-feira, 22 de novembro de 2012 - 13h40
Está explicado. Todo o discurso do presidente Hermínio Coelho com agressões pessoais ao governador Confúcio Moura tem uma única razão: dinheiro. Ele quer se socorrer na elevação do repasse do Executivo para fechar as contas de 2012 e escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal, que o tornará inelegível. Quer também evitar a demissão de pelo menos 800 ocupantes de cargos comissionados, que certamente irá decretar o fim de sua boa vida na política.
A Assembleia tem hoje em seus quadros quase dois mil servidores, mas apenas 423 são estatutários. São em torno de 1600 cargos comissionados, dos quais a metade pode ser exonerada com apenas uma canetada de Hermínio. Mas é justamente o que ele tenta evitar, pois se efetivada a demissão, ele dificilmente conseguirá se eleger até mesmo para a presidência do Sindicato dos Motoristas e Trocadores, aquele cuja sigla SITETUPERON só não é mais feia do que a própria situação de Hermínio.
Vale lembrar que ele pode esquecer de sua recondução à Presidência, pois seus adversários estão apenas aguardando o momento certo para mudar o regimento interno e garantir a degola. E, para continuar usando uma simbologia tão cara ao gosto pessoal do presidente, a cada dia mais trunfos são reunidos por Neodi, para bater com o chamado “pafão”, uma batida com dez cartas que, em algumas mesas de pife-pafe o ganhador leva o dobro das fichas.
A situação é pesada. A fúria ensandecida de Hermínio na Tribuna da Assembleia nada mais é que desespero puro e simples. Ele agride o governador na esperança de ser chamado para negociar. Como Confúcio, experiente, não se verga a esse tipo de chantagem, nem mesmo se as finanças do estado estivessem uma verdadeira maravilha, a tendência não exclui a possibilidade de Hermínio Coelho ser retirado de plenário por um piripaque ou em uma camisa de força.
O prefeito Roberto Sobrinho disse em entrevista ter ouvido de Hermínio – à época em que ambos sentavam à mesma mesa – que o deputado somente consegue fazer política com muito dinheiro o falando mal. Como dinheiro não vem mesmo, resta o desabafo.
Seus adversários batem palmas de contentamento.
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