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Carlos Sperança

Sabotagens e vergonha


Sabotagens e vergonha - Gente de Opinião

Sabotagens e vergonha

O governo brasileiro sempre foi uma colcha de retalhos. Na gestão Bolsonaro ele se dividia entre os núcleos familiar, ideológico, técnico e militar. No terceiro governo Lula, entre adoradores do presidente, técnicos, partidários e janjistas. Todos tentam se engrandecer sobre os outros e se sabotam na mídia e redes sociais. No fundo, tantas alas refletem um país dividido e inseguro, incapaz de criar uma agenda única para vencer o atraso estrutural e a difícil conjuntura mundial.

À medida que se aproxima a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), a se realizar em Belém em novembro, as manobras dos grupos antagônicos, divergentes e até inimigos ameaçam jogar o Brasil em uma situação vergonhosa no próximo verão. Parte da vergonha são congressistas julgando e o Judiciário legislando. Se as relações republicanas não forem recuperadas, os sabotadores, disseminadores de intrigas e pescadores de águas turvas vão asfixiar os três poderes e revogar a Constituição.

Há pouco, o Sistema de Alerta do Instituto Imazon divulgou que o desmatamento acumulado de agosto de 2024 a março deste ano teve alta de 18%. Rebatendo, o governo alega que o sistema Deter do Inpe aponta queda 9,7% nas áreas sob alerta em relação ao período de agosto de 2023 e março de 2024. Se a guerra entre notícias divergentes sobre o mesmo fato continuar, a COP-30 vai espalhar a vergonha brasileira pelo mundo.

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Os mais gulosos

No final de semana saiu o ranking dos salários dos governadores, segundo o que foi publicado pelo Uol, organismo de imprensa de maior credibilidade. Pelos números publicados, na região amazônica, o govenador mais guloso com salários é Gladson Cameli, do Acre, com salário de R$ 42.265,00 que é o segundo maior valor recebido pelos governadores, abaixo apenas do governador do Sergipe, Fábio Mitieri, com o valor de R$ 46.366,29. Nas mesmas estatísticas, o governador de Rondônia Marcos Rocha figura na nona posição, com vencimentos de 36.462,00. Menos gulosos na região vem Helder Barbalho (PA) em décimo lugar e Wilson Lima (AM) na décima terceira posição.

Média aceitável

No ranking Uol se constata que a média salarial do governador rondoniense é aceitável, nem elevada como o mandatário do Sergipe, nem tão baixa como do governador Elmano de Freitas, do Estado do Ceará, com R$ 21.893,00. Se constata que estados pequenos, com economias menores, como a do Acre, que não existe dó nem piedade dos seus habitantes. Unidades da federação com mais pujança, como é o caso do Ceará pagam vencimentos menores para seus governadores. No caso de Rondônia, temos valores aceitáveis. Marcos Rocha não é guloso, como a maioria dos seus colegas governadores.

Não arreda o pé

O vice-governador de Rondônia Sergio Gonçalves (União Brasil) está deixando bem claro para todo mundo que quiser ouvir que não arreda o pé da sua candidatura ao governo estadual. Como se sabe, ele assume o cargo do governador Marcos Rocha em abril do ano que vem para o atual mandatário do CPA disputar uma cadeira ao Senado. Terá a caneta na mão e se os outros pretendentes – no caso Ivo Cassol (PP) e Fernando Máximo (União Brasil) – quiserem se candidatar pelo União Progressista, fruto da fusão entre o PP e UB, terão que tomar o comando do partido. Se ficar sem o comando do União Progressista, Gonçalves poderá ser candidato por uma outra sigla.

A opção Cassol

A opção mais vitaminada do União Progressista para a disputa eleitoral de 2026 não seria Sergio Gonçalves ou o deputado federal Fernando Máximo. A grande alternativa é o ex-governador Ivo Cassol, mas ele está inelegível. Não se sabe se vai obter a elegibilidade a tempo de disputar o próximo pleito. Com Cassol ao governo, o atual governador Marcos Rocha (UB) e a deputada federal Silvia Cristina (PP) seriam os candidatos ao Senado. Uma chapa, de fato, poderosa, e que teria o candidato a vice-governador indicado pelo União Brasil.

Alternativa Máximo

Nesta disputa pela indicação do nome para a peleja do Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual de Rondônia, ainda temos o deputado federal Fernando Máximo, o deputado federal mais votado da última eleição. Para ser entronizado na candidatura pelo União Progressista terá que contar com a desistência de Sergio Gonçalves, o que me parece improvável, e ainda teria na da federação à concorrência do ex-governador Ivo Cassol, caso se livre das amarras da inelegibilidade. Neste momento Máximo é um possível sem teto entre Gonçalves e Cassol. Para garantir uma candidatura ao governo estadual ele terá que sair do partido e procurar outra acomodação na janela partidária do ano que vem.

Via Direta

*** Muitos balões de ensaio com relação a sucessão estadual em Rondônia. Um deles é a “candidatura” ao CPA, do delegado  e deputado federal Thiago Flores, de Ariquemes, em dificuldades para pleitear a reeleição no Vale do Jamari, tendo Rafael Fera nos seus calcanhares *** Com a moralidade elástica em Rondônia, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Maurão de Carvalho saiu da cadeia, o deputado Lebrão das propinas segue firme na Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça, condenado a vinte anos por estupro responde o processo em liberdade *** A justiça brasileira é mesmo uma piada. O ex-governador Cabral condenado a uns quatrocentos anos está em casa com tornozeleira.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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