Segunda-feira, 26 de maio de 2025 - 08h20
O
governo brasileiro sempre foi uma colcha de retalhos. Na gestão Bolsonaro ele se
dividia entre os núcleos familiar, ideológico, técnico e militar. No terceiro
governo Lula, entre adoradores do presidente, técnicos, partidários e janjistas.
Todos tentam se engrandecer sobre os outros e se sabotam na mídia e redes
sociais. No fundo, tantas alas refletem um país dividido e inseguro, incapaz de
criar uma agenda única para vencer o atraso estrutural e a difícil conjuntura
mundial.
À
medida que se aproxima a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), a se
realizar em Belém em novembro, as manobras dos grupos antagônicos, divergentes
e até inimigos ameaçam jogar o Brasil em uma situação vergonhosa no próximo
verão. Parte da vergonha são congressistas julgando e o Judiciário legislando.
Se as relações republicanas não forem recuperadas, os sabotadores,
disseminadores de intrigas e pescadores de águas turvas vão asfixiar os três
poderes e revogar a Constituição.
Há
pouco, o Sistema de Alerta do Instituto Imazon divulgou que o desmatamento
acumulado de agosto de 2024 a março deste ano teve alta de 18%. Rebatendo, o
governo alega que o sistema Deter do Inpe aponta queda 9,7% nas áreas sob
alerta em relação ao período de agosto de 2023 e março de 2024. Se a guerra
entre notícias divergentes sobre o mesmo fato continuar, a COP-30 vai espalhar
a vergonha brasileira pelo mundo.
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Os mais gulosos
No
final de semana saiu o ranking dos salários dos governadores, segundo o que foi
publicado pelo Uol, organismo de imprensa de maior credibilidade. Pelos números
publicados, na região amazônica, o govenador mais guloso com salários é Gladson
Cameli, do Acre, com salário de R$ 42.265,00 que é o segundo maior valor
recebido pelos governadores, abaixo apenas do governador do Sergipe, Fábio
Mitieri, com o valor de R$ 46.366,29. Nas mesmas estatísticas, o governador de Rondônia
Marcos Rocha figura na nona posição, com vencimentos de 36.462,00. Menos
gulosos na região vem Helder Barbalho (PA) em décimo lugar e Wilson Lima (AM) na
décima terceira posição.
Média aceitável
No
ranking Uol se constata que a média salarial do governador rondoniense é
aceitável, nem elevada como o mandatário do Sergipe, nem tão baixa como do
governador Elmano de Freitas, do Estado do Ceará, com R$ 21.893,00. Se constata
que estados pequenos, com economias menores, como a do Acre, que não existe dó nem
piedade dos seus habitantes. Unidades da federação com mais pujança, como é o caso
do Ceará pagam vencimentos menores para seus governadores. No caso de Rondônia,
temos valores aceitáveis. Marcos Rocha não é guloso, como a maioria dos seus
colegas governadores.
Não arreda o pé
O
vice-governador de Rondônia Sergio Gonçalves (União Brasil) está deixando bem
claro para todo mundo que quiser ouvir que não arreda o pé da sua candidatura ao
governo estadual. Como se sabe, ele assume o cargo do governador Marcos Rocha
em abril do ano que vem para o atual mandatário do CPA disputar uma cadeira ao
Senado. Terá a caneta na mão e se os outros pretendentes – no caso Ivo Cassol
(PP) e Fernando Máximo (União Brasil) – quiserem se candidatar pelo União
Progressista, fruto da fusão entre o PP e UB, terão que tomar o comando do
partido. Se ficar sem o comando do União Progressista, Gonçalves poderá ser
candidato por uma outra sigla.
A opção Cassol
A
opção mais vitaminada do União Progressista para a disputa eleitoral de 2026
não seria Sergio Gonçalves ou o deputado federal Fernando Máximo. A grande
alternativa é o ex-governador Ivo Cassol, mas ele está inelegível. Não se sabe
se vai obter a elegibilidade a tempo de disputar o próximo pleito. Com Cassol
ao governo, o atual governador Marcos Rocha (UB) e a deputada federal Silvia
Cristina (PP) seriam os candidatos ao Senado. Uma chapa, de fato, poderosa, e
que teria o candidato a vice-governador indicado pelo União Brasil.
Alternativa Máximo
Nesta
disputa pela indicação do nome para a peleja do Palácio Rio Madeira, sede do
governo estadual de Rondônia, ainda temos o deputado federal Fernando Máximo, o
deputado federal mais votado da última eleição. Para ser entronizado na candidatura
pelo União Progressista terá que contar com a desistência de Sergio Gonçalves,
o que me parece improvável, e ainda teria na da federação à concorrência do
ex-governador Ivo Cassol, caso se livre das amarras da inelegibilidade. Neste
momento Máximo é um possível sem teto entre Gonçalves e Cassol. Para garantir
uma candidatura ao governo estadual ele terá que sair do partido e procurar
outra acomodação na janela partidária do ano que vem.
Via Direta
*** Muitos balões de ensaio com relação
a sucessão estadual em Rondônia. Um deles é a “candidatura” ao CPA, do delegado
e deputado federal Thiago Flores, de Ariquemes,
em dificuldades para pleitear a reeleição no Vale do Jamari, tendo Rafael Fera
nos seus calcanhares ***
Com a moralidade elástica em Rondônia, o ex-presidente da Assembleia Legislativa
de Rondônia Maurão de Carvalho saiu da cadeia, o deputado Lebrão das propinas
segue firme na Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça,
condenado a vinte anos por estupro responde o processo em liberdade *** A justiça brasileira é mesmo uma piada.
O ex-governador Cabral condenado a uns quatrocentos anos está em casa com
tornozeleira.
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