Segunda-feira, 28 de outubro de 2024 - 07h40
Os
desmatadores da floresta precisam ser identificados e punidos na forma da lei,
sem exceções e com o devido rigor. Eles próprios acabarão reconhecendo no curso
das ações judiciais necessárias que no fim das contas, depois de cumpridos
todos os trâmites regulares, foram premiados, bem como suas famílias, amigos e
a população em geral.
Há
pouco, decisão do juiz federal Paulo César Moy Anaisse condenou três
desmatadores, dentre uma série de restrições, a pagar multas por danos materiais
e morais coletivos, como bem determina a legislação. Já que ninguém pode ser
poupado da punição alegando desconhecer a lei, os castigos sofridos já deveriam
ser esperados pelos infratores.
A
sentença traz um castigo adicional que no fim de todo o processo vai constituir
um prêmio aos próprios desmatadores e a todos: terão que fazer o
reflorestamento das áreas prejudicadas. Ao cumprir essa parte da sentença,
terão de volta direitos perdidos ao cometer a infração, compensando na medida
do possível os prejuízos causados à floresta e se premiando com a perspectiva
de um clima protegido em que todos serão finalmente beneficiados.
Essa
recente sentença é ainda aquela água que o beija-flor leva no pequeno bico para
oferecer sua parte no esforço geral pelo combate ao incêndio da floresta: ainda
parece pouco, mas ao se somar às atitudes corretivas de todos levará a grandes
resultados.
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O efeito manada
Um
efeito manada devastador, como já tinha ocorrido nas eleições dos prefeitos
Roberto Sobrinho (PT) e Hildon Chaves (PSDB) em pleitos passados, conduziu
neste domingo o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) a prefeitura de Porto
Velho. Um movimento de massas só identificado nos últimos dias por alguns institutos,
outros optaram, talvez, pelo pix governista, como a Quest, apontando empate
técnico entre os candidatos. O caro leitor já sabia deste efeito manada nesta
coluna há quase três semanas. Está registrado nos órgãos de imprensa que publicavam
o texto na íntegra.
Tudo conspirando
Profundo
conhecedor da política rondoniense o afável paraibano Miguel de Souza me lembrava
nas jornadas eleitorais. Sempre ganha eleição em Porto Velho quando tudo
conspira a favor do candidato. É o caso, até o tempo chuvoso, com as alagações
ajudou Leo. Alianças malfeitas, rachas governistas, adversários no mesmo
palanque, punhais da traição explícitos, interesses políticos dispares para as
eleições de 2026, somadas a alguma dose de arrogância, levaram a ex-deputada
federal Mariana Carvalho (União) a derrota. Tinha tudo para vencer no primeiro
turno, mas no segundo já se sabia que seria uma batalha difícil.
O punhal da traição
Fui
até recorrente nas últimas colunas afirmando que o punhal da traição rolava
solto contra a candidata chapa branca Mariana Carvalho. Onde esta coluna era
publicava na integra, o caro leitor, várias vezes, foi alertado a respeito e a
origem das traições. Me impressiona o fato de Hildon e Mariana saberem o que
estava acontecendo nos bastidores e não se pronunciarem a respeito do assunto.
Em grandes alianças também ocorre o abandono da embarcação quando aliados
farejam a derrota do seu candidato que de favorito passa a ser um nome renegado.
A crucificação
Se
tudo conspirou a favor de Leo Moraes na jornada 2024, tudo conspirou contra
Mariana Carvalho, que não merece ser crucificada como está sendo pela derrota,
Não é ela a responsável pela aliança que desandou. Tudo começou com a rasteira
aplicada no candidato Fernando Máximo, o que rachou o União Brasil. Seguiu pela
orientação de Mariana não comparecer aos debates, algo bem desgastante
obrigando a candidata a comparecer nos últimos confrontos na TV. O público também
constatou que as pesquisas vigentes não batiam com a tendência no meio da
população. Uma fogueira de vaidades dividiu a composição de 14 paridos, que
acabou descarrilhando. E pasmem: muitos hildistas votaram contra Mariana,
refugando a escolha feita pelo prefeito.
O raio caindo
Mesmo quem está habituado as reviravoltas das
eleições em Porto Velho podia até acreditar que o raio não cai três vezes no
mesmo lugar. Na capital rondoniense, cai. Com efeitos manadas o raio caiu em Porto
Velho nas eleições de Roberto Sobrinho e Hildon Chaves e tornou a cair, com
grande estrondo nas eleições deste ano. Enquanto uma parte da cidade chora a
derrota de Mariana Carvalho, uma outra festeja Leo. Um resultado que vai ter reflexos
nas eleições gerais de 2026. O grupo do vice-governador Sergio Gonçalves ganha
força na disputa do governo estadual, O grupo de Hildon, vai ter que refazer
suas contas.
Com eficiência
Leo
e seu marketing (grande trabalho dos seus marqueteiros) foram eficientes, numa
batalha contra tudo e contra todos. Estamos vivenciando um vexame político histórico,
quando os grupos políticos do governador Marcos Rocha, do prefeito Hildon
Chaves, do presidente da Assemblei Legislativa Marcelo Cruz e até o presidente
Bolsonaro, todos no mesmo palanque, levaram pau, com Marcos Rogerio e Silva
Cristina, de lambuja. Que situação para os chapas brancas! Vão ter que remontar
suas estratégias para as eleições de 2026, já sabendo que a oposição ganhou asas.
Os evangélicos
O eleitorado evangélico votou em peso em Leo
Moraes, resultando numa larga margem de diferença a favor do candidato da
oposição. Com muitos vereadores e deputados estaduais evangélicos na aba de
Mariana, eles vão ter problemas para se explicar na campanha governista. E nas
eleições de 2026, terão um ajuste de contas com o segmento evangélico por terem
apoiado uma candidata que não tinha apoio no meio cristão. Os candidatos evangélicos
anotaram o recado das urnas e vão denunciar os atuais deputados estaduais e
vereadores que estavam no palanque contrário a Leo Moraes. Problemas a vista
para eles em 2026.
Via Direta
*** Com preços estáveis para a soja e o
milho, os agricultores vivenciam um bom momento na agricultura. Também os
pecuaristas comemoram o aumento do preço da arroba do boi já projetando novos
investimentos na pecuária rondoniense *** A chiadeira é grande dos consumidores com relação
aos aumentos dos hortifrutigranjeiros nos supermercados da capital. Alguns
produtos aumentaram quase 100 por cento nas últimas semanas *** Cresce o número de mendigos e drogados
pelas ruas de Porto Velho. Várias cracolândias infernizando os comerciantes na
rodoviária, no centro histórico e em outros pontos já conhecidos. É cosia
de louco!
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