Porto Velho (RO) sexta-feira, 11 de julho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Saúde

Proporção de mortes por malária é maior fora da Amazônia


Carolina Pimentel
Agência Brasil

Brasília – Apesar de a Amazônia responder por 99% dos casos de malária no Brasil, dados sobre a doença chamam a atenção em outros estados do país. Isso porque a proporção de mortes por malária fora da Amazônia é maior em comparação à do Norte do país, onde a doença é considerada endêmica.

Em 2011, a cada grupo de 1.000 casos identificados na Amazônia foi registrada menos de uma morte. Fora da região amazônica, a taxa de letalidade foi de 21 mortes para 1.000 casos, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Em números absolutos, as mortes por malária na região amazônica são superiores.

O diagnóstico tardio é o grande vilão da alta taxa de letalidade em localidades onde a doença não é vista como ameaça. Por não ser comum em regiões do país afastadas da Amazônia, como no Sudeste e Sul, os sinais da malária passam despercebidos pelos médicos ou são confundidos com os de outras doenças, como a dengue e a gripe. “Os próprios profissionais não reconhecem como suspeita de malária”, alerta Ana Carolina Santelli, coordenadora-geral do Programa Nacional de Controle da Malária do ministério.

Para a coordenadora, os profissionais de saúde devem perguntar aos pacientes se eles viajaram ou trabalharam em regiões do Brasil e de outros países onde há grande registro de casos de malária, como na Amazônia, Ásia e África. A pergunta ajuda na triagem de quem pode estar infectado. “É o caso de funcionários de grandes empresas que trabalham em vários países e aparecem com suspeita da doença”, explica.

Com apenas uma gota de sangue, o teste rápido identifica a malária em 30 minutos. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. Se não for tratada, a doença pode evoluir para um quadro grave e levar à morte. A transmissão se dá pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, que é infectado ao sugar o sangue de uma pessoa doente. O criadouro preferido é o igarapé com água limpa e parada. A malária tem tratamento e cura. Não existe vacina.

Embora a taxa de letalidade seja superior fora da Amazônia, a maioria dos investimentos federais para a prevenção da malária tem como destino a Região Norte, por registrar alta incidência. No ano passado, o Ministério da Saúde liberou R$ 15 milhões para a instalação de 1 milhão de mosquiteiros com inseticidas em 47 municípios da Amazônia Legal - compreendida pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima, do Tocantins e de parte do Maranhão. O total de casos no Brasil passou de 610 mil, em 2005, para 290 mil, em 2011.

No Dia Internacional de Combate à Malária, celebrado hoje (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) pede aos países que destinem mais recursos para acabar com a doença, presente em 99 nações. Os casos globais caíram entre 25% e 33% na África na última década. Apesar da queda, a OMS estima que são necessários US$ 7 bilhões anuais para controlar a malária nos próximos quatro anos. Com esse valor, estima-se ser possível salvar 3 milhões de vidas até 2015.

As mortes entre crianças preocupam. Em 2010, das 655 mil mortes decorrentes da malária em todo o planeta, 560 mil foram de crianças com menos de cinco anos de idade – equivalente a uma por minuto - principalmente em países africanos e asiáticos.
 

Gente de OpiniãoSexta-feira, 11 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Corujão da Saúde oferece atendimento noturno e desafoga unidades de emergência

Corujão da Saúde oferece atendimento noturno e desafoga unidades de emergência

Com os atendimentos em horário estendido, oferecido pela Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde, o Corujão da Saúde acont

Transporte aeromédico do governo de Rondônia ajuda a salvar vidas de pacientes graves

Transporte aeromédico do governo de Rondônia ajuda a salvar vidas de pacientes graves

O governo de Rondônia intensifica frentes de trabalho para salvar vidas, através do transporte aeromédico de pacientes graves e de órgãos para trans

Gestão Marcos Rocha realiza obra de ampliação do Hospital Regional de São Francisco do Guaporé

Gestão Marcos Rocha realiza obra de ampliação do Hospital Regional de São Francisco do Guaporé

Em São Francisco do Guaporé, a ampliação do Hospital Regional com um novo bloco para pronto-socorro e ambulatórios representa um avanço na oferta de

Domingo de fiscalização do TCE revela falhas estruturais e operacionais graves em unidades de saúde de Porto Velho

Domingo de fiscalização do TCE revela falhas estruturais e operacionais graves em unidades de saúde de Porto Velho

Uma nova rodada de fiscalizações foi realizada neste domingo (7/6), pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), em unidades de saúde est

Gente de Opinião Sexta-feira, 11 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)