Terça-feira, 18 de outubro de 2011 - 20h05
O Dia do Médico (18 de outubro) em Rondônia foi de mobilização da categoria junto com outros trabalhadores da saúde, como os enfermeiros e servidores de áreas afins, que se reuniram em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado para debater as propostas do Governo do Estado de privatizar os serviços de saúde. “Oferecer uma saúde de qualidade é questão de cidadania e dignidade para a população, sobretudo a menos favorecida”, disparou o diretor do Conselho Federal de Medicina (CFM), médico rondoniense Hiran Gallo, ao se pronunciar da tribuna da Assembleia, afirmando está decepcionado com os rumos que o Governo vem tentando dar ao setor de saúde.
- Não existe almoço grátis. As organizações sociais são a contramão da qualidade e eficiência no serviço público. No início elas chegam prometendo o céu e a terra, mas depois vão reclamar sempre por mais recursos – disse Gallo.
A audiência pública foi prestigiada por dirigentes das três entidades médicas de Rondônia (Conselho Regional de Medicina, Associação Médica e Sindicato Médico de Rondônia) e teve a presença de pelo menos 15 deputados, dos 24 que têm assento no parlamento, além de profissionais da enfermagem e dezenas de servidores da saúde mobilizados pelo Sindsaúde. Também contou com a presença do conselheiro Paulo Curi Neto, do Tribunal de Contas, da procuradora Érika Patrícia Saldanha, do Ministério Público de Contas e do subprocurador-geral de Justiça Gilberto Barbosa, e do presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raimundo Nonato.
Hiran Gallo falou representando o CFM e o Conselho Regional de Medicina de Rondônia e voltou a afirmar que não faltam recursos para a saúde. “O que é preciso é gerir com honestidade, lisura e evitar desperdício dos recursos que temos”, disse o médico, advertindo sobre a proposta de parcerias com organizações sociais ou ONGs, que não se faz saúde de qualidade confundindo o público com o privado. Isso, segundo o representante da classe médica, é o que poderá ocorrer em Rondônia, caso a Assembleia Legislativa avalize os projetos do Governo para o setor de saúde.
Diante da opinião unânime dos presentes contra a proposta de privatização ou terceirização dos serviços de saúde em Rondônia, o secretário de Saúde, Orlando Ramirez, demonstrou sensatez ao interromper um assessor da Sesau que fazia uma explanação para propor a retirada dos projetos do Governo de pauta, para uma ampla discussão com todas as partes envolvidas no assunto. Foi muito aplaudido pelos servidores da saúde que lotavam as galerias.
O representante do Conselho Federal de Medicina disse ainda lamentar a condução que o governador Confúcio Moura escolheu dar a saúde. “Sendo ele um médico, é claro que não é isso que nós, classe médica e trabalhadores da saúde, esperávamos dele. Mas esperava que a partir de sua posse teríamos planejamento e mais seriedade no setor de saúde do estado. Infelizmente, não é isso que estamos assistindo”,observou.
A presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia médica Maria do Carmo Wanssa, que trabalha na saúde pública de Rondônia há cerca de 30 anos, lamentou ao final da audiência que os médicos não tenha nada a comemorar neste 18 de outubro, em que se comemora o seu dia.
Fonte: Cremero
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