Porto Velho (RO) quarta-feira, 9 de julho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Saúde

Brasileiros pobres são mais vulneráveis à depressão



Carolina Pimentel
 Agência Brasil


Brasília - Os brasileiros pobres e com baixo nível de escolaridade são mais vulneráveis a doenças como depressão, demência e a outros transtornos neuropsiquiátricos. É o que revela artigos da uma série especial produzida pela revista médica inglesa The Lancet sobre a saúde no Brasil.

A classe pobre fica sujeita ao transtorno por enfrentar mais adversidades e dificuldades em contorná-las no decorrer da vida. “Nos centros urbanos, vários estudos mostram que os de menor escolaridade e renda têm mais depressão que os mais ricos”, diz o professor de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Rossi, responsável pela análise dos transtornos para a série especial.

Apesar dos dados escassos sobre depressão no país, Paulo Rossi afirma que a doença está associada às condições de vida, como a situação financeira. Com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, o especialista acredita que os casos podem cair nas próximas décadas.

“Imagino que com a melhora econômica da população, a prevalência de depressão diminua. Mas ainda não temos como acompanhar se isso está acontecendo”, disse o especialista. Outros fatores que contribuem para o aparecimento são casos na família, traumas de infância e outros problemas familiares.

Segundo a publicação,18,8% dos brasileiros declararam ter sido diagnosticados com depressão em 2003. O pesquisador alerta que os profissionais de saúde ainda estãodespreparados para reconhecer a doença. Há seis anos, estudo feito em São Paulo revelou que apenas 5% dos quadros depressivos foram identificados pelos médicos em postos de saúde, conforme Rossi. Alguns dos sintomas são tristeza, queda da autoestima, dores de cabeça, perda de apetite, ansiedade, irritação e dificuldade de concentração.

Assim como na depressão, os pobres também correm mais risco de desenvolver a demência no fim da vida. Devido à baixa escolaridade, essa faixa da população faz menos “exercícios” para manter as funções cognitivas do cérebro ativas, como ler livros, por exemplo. “É imaginar que o cérebro é como um músculo. Se a gente não usar, a gente perde a capacidade”, explicou Rossi.

“Temos análises em que fica evidente que o sujeito que nasceu em uma região rural, é analfabeto, tem ocupações não qualificadas e salários baixos tem maior risco de demência, quando comparado com quem nasceu em centro urbano, estudou, teve uma ocupação mais qualificada e renda maior”, acrescentou.

A demência está relacionada à fase idosa. Com o envelhecimento da população, os especialistas alertam que o transtorno pode se tornar uma questão de saúde pública no Brasil. Pesquisas, segundo a revista, indicam prevalência da doença de 5,1% a 8,8% a partir de 65 anos de idade. “A mortalidade por demência padronizada por idade aumentou de 1,8 por 100 mil em 1996 para 7 por 100 em 2007”, diz a publicação.

 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 9 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Transporte aeromédico do governo de Rondônia ajuda a salvar vidas de pacientes graves

Transporte aeromédico do governo de Rondônia ajuda a salvar vidas de pacientes graves

O governo de Rondônia intensifica frentes de trabalho para salvar vidas, através do transporte aeromédico de pacientes graves e de órgãos para trans

Gestão Marcos Rocha realiza obra de ampliação do Hospital Regional de São Francisco do Guaporé

Gestão Marcos Rocha realiza obra de ampliação do Hospital Regional de São Francisco do Guaporé

Em São Francisco do Guaporé, a ampliação do Hospital Regional com um novo bloco para pronto-socorro e ambulatórios representa um avanço na oferta de

Domingo de fiscalização do TCE revela falhas estruturais e operacionais graves em unidades de saúde de Porto Velho

Domingo de fiscalização do TCE revela falhas estruturais e operacionais graves em unidades de saúde de Porto Velho

Uma nova rodada de fiscalizações foi realizada neste domingo (7/6), pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), em unidades de saúde est

Avanços na Saúde: governador Marcos Rocha entrega UTI e amplia serviços no Hospital de Guajará-Mirim

Avanços na Saúde: governador Marcos Rocha entrega UTI e amplia serviços no Hospital de Guajará-Mirim

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, inaugurou neste sábado (5) três novos serviços no Hospital Regional de Guajará-Mirim, Dr. Júlio Perez Antelo

Gente de Opinião Quarta-feira, 9 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)