Sábado, 11 de novembro de 2023 - 16h34
Não somatize o Mal, não
some, não coloque mais peso na sua bagagem. Se e quando puder evitar, saia e
veja a tragédia de longe. Para não adoecer, para efetivamente colaborar,
afaste-se do Mal e "racionalize o problema" (qualquer problema).
Lembrei que no pior da
pandemia, com o Bozo a toda, fiquei pré-doente com os efeitos da nossa
realidade.
Em relação a Israel x
Gaza já ouvi relatos de pessoas doentes (fisicamente, mentalmente), realmente
doentes, por "viverem a dor dos outros".
Também lembrei que se é
fato que existe a Banalização do Mal, do mesmo modo, é real o que chamei de
"Somatização do Mal".
De tanto olhar para o
monstro, esse monstro passa a olhar pra você...
Temos que cuidar da
nossa saúde mental, recuperar nossa humanidade e equilíbrio.
E antes que a maldade
de alguém desonesto se manifeste, repito mil vezes que isso nada tem a ver com
falta de indignação ou empatia.
Pelo contrário, apenas
é um cuidado pessoal para não sucumbir diante da tragédia.
É, somente, não viver a
tragédia - especialmente quando temos essa escolha.
Muitas pessoas não têm
escolha, mas nós temos.
Eu realmente escolhi
não viver nos escombros da tragédia.
Também tenho dito
assim:
Toda vez que você
sentir na pele, que já está "morando em Gaza", lembre que na sua
cidade tem centenas, milhares, de crianças sem nutrientes adequados.
São crianças passando
por inúmeras necessidades, passando fome.
Aproveite, passe em alguma periferia muito precarizada, a mais precária, e sinta-se vivendo a nossa realidade. Porque essa é a nossa, não é a dos outros.
Em outras palavras, se
abrir a janela e espiar pra fora, irá ver e sentir toda a violência da luta de
classes no Brasil.
É certo que cada leitura fará seu leitor, leitora, encontrar respostas as mais diversas, a depender da visão de mundo, dos interesses e motivações
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