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Cahulla alerta sobre efeitos da crise e faz convocação a novos prefeitos



“A crise econômica é séria, e certamente deverá nos atingir depois do Natal; o momento é de alerta e toda prudência é bem-vinda”. “O meio-ambiente está deixando de ser um bicho-de-sete-cabeças, porque, agora, nós estamos pelo menos sendo ouvidos em Brasília”. “Sem vontade política e sem um firme compromisso por parte dos prefeitos, o Estado não vai conseguir carregar sozinho o peso da responsabilidade pelas ações de Saúde”. 
 

Em meio à maratona de visitas a cidades do interior para entregar as 540 000 quilos de sementes adquiridas para a próxima safra de milho, o vice-governador João Cahulla, fiel escudeiro do governador Ivo Cassol há pelo menos uma década e meia, desde os tempos da prefeitura de Rolim de Moura, concedeu entrevista em que discorre sobre temas candentes da atualidade, como o terremoto econômico que abala o planeta, a mudança na política ambiental do Governo Federal desde a posse do ministro Carlos Minc e as perspectivas de trabalho em Rondônia para 2009, na interface entre o Estado e os municípios na área da saúde.

Como  sr. avalia a crise econômica mundial e os efeitos que ela pode ter a curto e médio prazo no Brasil e, em especial, sobre a economia rondoniense?

CAHULLA – As autoridades monetárias brasileiras estão se valendo das reservas internacionais para segurar a cotação do dólar, estão aumentando as linhas de crédito para as exportações e também para o consumidor - veja que o presidente Lula quer até o Banco do Barsil financiando automóveis em 36 meses - porém, no que diz respeito a Rondônia, alguns dos principais itens de nossa pauta de exportações, como a carne processada, os minérios, o leite UHT e a madeira, estão sofrendo fortes ataques especulativos nas Bolsas de Mercadorias de todo o mundo. Nós temos alimento, e isso é um trunfo de valor: os chineses e indianos conheceram o gostinho do boi verde e o consumo na Ásia certamente não vai diminuir... Fundamental, no entanto, é manter a inflação sob controle e evitar o estancamento das linhas de financimento à atividade exportadora – ela é uma das âncoras de nosso crescimento.

A última viagem do governador Ivo Cassol à capital federal foi muito bem-sucedida: a conclusão do Hospital Regional de Cacoal ganhou sinal verde, a mina de calcário de Espigão deve ser reaberta, a questão da Floresta de Bom Futuro foi equacionada. Mudou muita coisa em Brasília com o novo ministro Carlos Minc (Meio-Ambiente)?

CAHULLA – Pelo menos começamos a ser ouvidos. Foi removida uma barreira que nos impedia de mostrar o que estamos fazendo e o que pretendemos fazer. Não só na questão ambiental, onde a parceria entre a Sedam e o Ibama começa a gerar frutos, mas também no que interessa ao setor produtivo, começamos a ser vistos de outra forma, e, principalmente, com mais respeito.

Estradas, agricultura, pecuária, exportações, renovação de frotas, reequipamento de órgãos públicos são pontos fortes da atual administração. Como o sr. avalia que outras áreas, como a segurança pública e a articulação com os municípios na área de saúde, por exemplo, podem atingir o mesmo patamar de eficiência?

CAHULLA – Em relação à segurança pública, os números da Sejus mostram que houve, sim, uma queda nos índices de criminalidade que são acompanhados historicamente, e eles foram amplamente divulgados nas últimas semanas. Ocorre que a percepção da população nem sempre caminha no mesmo passo que as ações, porque a família, o cidadão, o estudante, a dona de casa são atingidos individualmente, e o estado, por obrigação legal, tem que agir mirando o interesse de todos, e é para a coletividade que direcionamos nossas ações, como a aquisição de viaturas, o treinamento de policiais e o investimento nos setores de inteligência. Agora, em relação à saúde, é preciso deixar claro: sem a vontade política e o compromisso por parte dos prefeitos, nenhum estado, nenhum governo, nenhum administrador, por melhor que seja – e o governador Ivo Cassol é um dos melhores, se não o melhor que já ocupou o Palácio Getúlio Vargas – vai conseguir equacionar tantas questões, da atenção básica aos tratamentos de alta complexidade. Onde existe essa vontade, as parcerias foram e serão firmadas, como é o caso dos leitos de UTIs em Ji-Paraná e Ariquemes, aliás, em Ariquemes fica evidente que não existe cor política na administração quando se trata de assunto sério como a saúde. Esperamos que, em 2009, os novos prefeitos e os que foram reeleitos somem forças com o Executivo estadual para darmos um grande salto á frente na prestação deste que é um serviço essencial e um dever inadiável de todos nós como administradores públicos. 
 
Fonte: DECOM

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