Sanitarista que presidente quer na Saúde sofre resistência de setores do PMDB
Agência O Globo
RIO - Apesar de ser o favorito do presidente Luis Inácio Lula da Silva para ocupar a pasta da Saúde depois da reforma ministerial, o sanitarista José Gomes Temporão pode não conquistar o cargo.
Naturalizado brasileiro, o português Temporão, de 55 anos, tornou-se, ao lado da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, uma das razões alegadas para o atraso da reforma ministerial do segundo mandato. Desde a última mudança no Ministério, em 2005, Lula defendia a nomeação do sanitarista para o Ministério da Saúde, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a bancada peemedebista resistiram. O deputado federal Saraiva Felipe (MG) assumiu e Temporão ficou com o cargo de secretário de Assistência à Saúde.
- O Temporão é um quadro da saúde respeitado por todos, com experiência pública reconhecida e enorme condição de realizar um belo trabalho como ministro da Saúde - diz o governador Sérgio Cabral.
Resistindo a pôr um político na Saúde, que tem um orçamento de R$ 66,3 bilhões para este ano e foi alvo de escândalos recentes, Lula insiste numa indicação técnica. Apesar da preferência de Lula por Temporão, sua nomeação não será fácil. Pelo contrário. A bancada da Câmara decidiu enviar ao presidente uma lista de indicados que, até o momento, já tem cinco nomes. Com isso, obrigaria o presidente a vetar os cinco deputados para nomear Temporão. Da lista de cinco deputados, quatro são médicos: Marcelo Castro (PI), Osmar Terra (RS), Moisés Avelino (TO) e Darcísio Perondi (RS). O quinto nome é o do economista Reinhold Stephanes (PR), ex-pefelista que já foi ministro da Previdência.
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