Terça-feira, 20 de maio de 2025 - 17h05
O
Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação ao Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a respeito da situação da
ponte sobre o Rio Candeias do Jamari, que liga o município Candeias do Jamari a
Porto Velho(RO). De acordo com o documento, o Dnit deve manter o controle do
tráfego, adotar medidas urgentes de reparação e apresentar projeto de
recuperação da ponte. O prazo para o Dnit responder ao MPF se vai atender a
recomendação é de 48 horas.
No dia 8
de maio, o MPF solicitou ao Conselho Regional Engenharia e Agronomia de
Rondônia (Crea) um laudo independente sobre as rachaduras e os problemas
estruturais na ponte. A equipe técnica do Crea fez a vistoria em 13 de maio e
no dia seguinte realizou visita técnica à sede do Dnit em Porto Velho, com o
objetivo de levantar informações sobre os procedimentos adotados pelo órgão em
relação à situação estrutural em questão.
Na
vistoria visual da ponte, a equipe técnica identificou um risco significativo
de colapso devido à continuidade da utilização da ponte e à presença de
deformações excessivas e patologias progressivas na estrutura. As deformações
aparentes indicaram que a ponte está submetida a tensões excessivas, que podem
comprometer a sua integridade a curto prazo.
Medidas
de segurança – Na
recomendação, o MPF alerta que há a necessidade de minimizar os riscos e
garantir a segurança da população enquanto são realizadas as intervenções
necessárias. De acordo com o método GUT (Gravidade, Urgência, Tendência), a
estrutura e a deformação são gravíssimas, tendo urgência imediata de
intervenção do Dnit. Além disso, há tendência de colapso da estrutura em função
de grande fluxo de veículos pesados que trafegam diariamente sobre a ponte.
Na
recomendação, o MPF estabeleceu pontos aos quais o Dnit deve atender:
•
Manutenção do sistema de pare e siga, alternando o sentido do fluxo e concentrando
o tráfego na região central do eixo longitudinal;
• Alternância de veículos pesados e leves, intercalando veículos pequenos entre
veículo pesado, até que sejam feitas avaliações detalhadas por engenheiros
especializados, e seja executada a protensão externa (técnica de reforço
estrutural com cabos de aço) para estabilização das deformações;
• Análise estrutural detalhada, com uma inspeção técnica mais aprofundada, com
a participação de engenheiros civis habilitados para esse tipo de estrutura e apresentação
de projeto de recuperação da estrutura;
• Medidas de recuperação urgentes, incluindo reforço estrutural, substituição
de materiais comprometidos e monitoramento contínuo das condições da ponte;
• Acompanhamento constante, até que a recuperação total seja concluída, para
garantir que as deformações não evoluam para um colapso iminente;
• Cronograma de medidas, prazos para reformas necessárias em ambas as pontes (a
atual, em uso alternado, e a ponte velha, interditada).
O
procurador da República Raphael Bevilaqua indicou, na recomendação, que a
adoção das medidas não exclui outras entendidas como pertinentes e eficientes
por parte do Dnit.
Casos
trágicos – Na
recomendação, o MPF cita outros casos de pontes que tiveram desfechos trágicos.
Duas pontes desabaram em setembro de 2022, nos km 23 e km 34 da BR-319, que
liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO) pela floresta amazônica, deixando cinco
mortos, 10 pessoas feridas e veículos afundados. Mais recente, a Ponte
Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e de
Tocantins pela BR-226, desabou em 22 de dezembro de 2024, levando três veículos
de passeio, três motocicletas e quatro caminhões e, pelo menos, 17 vítimas
fatais.
Procedimento
Preparatório nº 1.31.000.000757/2025-38
Íntegra da recomendação
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