Sexta-feira, 9 de agosto de 2019 - 14h53
A
Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Jirau, doou 1.000 Mosquiteiros Impregnados de Longa Duração (MILDs) no dia 16
de julho para a Casa de Apoio à Saúde do Índio (CASAI), situada em Guajará-Mirim, na região Oeste do Estado de Rondônia, bem na fronteira
com a Bolívia. Neste ato, o CASAI representou o Distrito
Sanitário Especial Indígena de Porto Velho, RO (DSEI/PVH). Os mosquiteiros foram destinados às comunidades
das Terras Indígenas (TI’s) Igarapé Lage e Igarapé Ribeirão, localizadas nos
municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré.
Segundo
Vânia Ferreira, Analista de Socioeconomia da ESBR, a entrega dos mosquiteiros
impregnados para as comunidades indígenas reforça as ações já realizadas pela
Usina Jirau no controle e prevenção da malária em Porto Velho e região no
âmbito do Programa de Saúde Pública, desenvolvido pela Empresa. Para manter o
controle da doença também nas terras indígenas, a ESBR decidiu apoiar as
atividades da CASAI junto às aldeias. “O DSEI apontou a necessidade e nós
viemos somar com a doação destes MILDs para as terras indígenas, numa ação de
liberalidade da ESBR, que já investiu muitos recursos para tirar o município de
Porto Velho do alto índice de malária e, com ações efetivas, conseguimos baixar
esses indicadores”, acrescenta Vânia.
A
doação tem o objetivo de prevenir a contaminação de malária nas Terras Indígenas. A
instalação e orientações quanto aos cuidados e manutenção dos mosquiteiros
serão repassadas pelos agentes de endemias do DSEI de cada localidade aos
indígenas. Dos 1.000
cortinados doados, 589 são para camas de casais, 205 para redes e 206 para
camas de solteiros. Também foram doados cinco dosadores de cloro para preparo
de água potável de qualidade.
De
acordo com o site do Ministério da Saúde, o MILD é um método eficaz e
sustentável para a proteção contra o mosquito transmissor do vírus da malária.
As telas dos mosquiteiros são tratadas em fábrica com um inseticida líquido
incorporado ao tecido, indicado para uso por até três anos, com durabilidade de
pelo menos 20 lavagens. “Ficamos muito contentes e satisfeitos com esse apoio
dado pela Usina Jirau, porque teremos um avanço grande na saúde dos povos
indígenas, principalmente nas aldeias daqui que sofrem a consequência da
malária”, disse Claudio Macurap Tupari, Assessor Indígena de Saúde e Presidente
do Conselho de Saúde Indígena de Guajará-Mirim.
O
Coordenador da CASAI de Guajará-Mirim, Israel Nascimento, apontou as atividades
da instituição e avanços na saúde indígena. “A preocupação com a malária é
grande, porque na CASAI de Guajará-Mirim nós temos uma equipe de endemias
defasada e a área de abrangência desse polo é muito extensa, com cerca de 6.700
mil indígenas na região, conforme o Censo de 2018. Mas estamos fazendo um
trabalho árduo, preventivo, com cronogramas de atendimentos, como saúde da
mulher, da criança, do idoso e gestantes. Deslocamos nossos agentes por meio
terrestre e fluvial para manter o controle da malária”, relatou Nascimento.
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