Quinta-feira, 28 de abril de 2022 - 10h06
Acompanho, com vivo interesse, não
é hoje, as coisas da política nacional, com relevo para a atuação dos
representantes do povo nas duas casas da República (senado e câmara), e,
reconheço, não tenho motivos para contentamento. Pelo contrário. Move-me um
misto de revolta e decepção, para não carregar na adjetivação. A exceção fica
por conta de uns poucos, que, por serem poucos, acabam quase sempre sendo
atropelados pelo rolo compressor do “Mateus, primeiro os meus”.
Quando o assunto é presença na
tribuna e produção legislativa, o resultado é desastroso. Alguns estão mais
preocupados em aparecer na mídia, enquanto assuntos relevantes são relegados a
um plano secundário. No fundo, não há a menor preocupação com o interesse
público, não se discute e não se apresenta qualquer projeto. Enfim, não existem
propostas, e o futuro do país nunca entra em cogitação.
Tem mais. Ainda na atual
legislatura, em diferentes oportunidades, reiteradamente, congressistas
legislaram em causa própria, quer criando privilégios, quer aumentando a lista
dos já existentes. Não menos deplorável foi a criação da CPI da Covid, que não
produziu absolutamente nada de concreto em proveito da sociedade e, como tantas
outras comissões, instituídas com fins eleitoreiros, acabou na vala comum do
esquecimento, sendo, inclusive, alvo de motejo por parte de muita gente. Não
sem motivo foi batizada de a “CPI do Circo”. Some-se a isso o sinecurismo
deslavado, o que, por si só, constitui uma afronta intolerável a tantos milhões
de contribuintes que trabalham duramente ao longo do ano, em sua maioria, em
troca de salários aviltantes.
Alguém pode até dizer que sempre
foi assim em todas as épocas, ao que eu respondo com um sonoro não. É certo que
o Congresso nunca foi e, evidentemente, jamais será um mosteiro, mas garanto,
com absoluta convicção, que houve tempo em que nele atuava, com extraordinário
peso, uma expressiva minoria de parlamentares de brilho incomum, pelo talento,
pela cultura ou pela indiscutível integridade moral.
Governo Rocha sob fogo cruzado
O governo Marcos Rocha tornou-se, de tempos a este, alvo de acusações. Para alguns, as denúncias seriam reflexos das eleições de 2026. Para outros,
Elogios ao novo dirigente; peia no lombo do que está saindo
É comum no campo cada vez mais fétido da política brasileira a tendência de elogiar o governante que assume e descer o relho nos costados daquele qu
Jair Bolsonaro é, hoje, o principal porta-voz da direita brasileira. Trata-se de uma liderança política incontestável. Isso ficou evidente nas eleiç
Sobre a próxima eleição presidencial no Brasil
O ex-presidente Michel Temer pretende criar uma candidatura moderada e conservadora, que ele define como de centro-direita, para a eleição presidenc