Quarta-feira, 5 de abril de 2017 - 20h11
Se alguém tinha ilusões com o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, é bom ir enfiando a viola no saco. A sessão de abertura do julgamento deixou claro como será o jogo: com prazos, recursos e procrastinações, o julgamento vai terminar quando Temer não for mais presidente. Ou quando faltar tão pouco tempo para a eleição presidencial que os ministros poderão dizer candidamente: para o bem do país, que fique tudo como está.
No caso de ontem, faça-se justiça ao ministro-relator. Ele resistiu o quanto pôde a conceder mais prazo para as alegações da defesa. Pressionado, e temendo que os advogados de Dilma e Temer recorressem ao STF, conseguindo ordem para o reinício do julgamento quando já estivesse adiantado, cedeu. Os outros, estão no jogo de esticar o tempo. O jogo de Temer, que ontem festejou com sua turma.
Não há nada mais desanimador para os cidadãos do que mais uma demonstração de que a justiça é mãe para uns, madrasta para outros. Que quando quer, a Justiça empurra com a barriga para permitir que alguns escapem da punição. O TSE continua tendo pela frente um dilema. Atuar de modo a revalorizar a crença na Justiça ou fazer mais do mesmo e do de sempre. Os sinais estão claros: este julgamento é para inglês ver, para fazer de conta que o país é sério mas, por ora, não convenceu ingleses nem outros estrangeiros. Os jornais de vários países foram muito mais enfáticos que os brasileiros ao destacar a impropriedade de um julgamento presidido por Gilmar Mendes, um amigo de Temer.
Ironicamente, a defesa de Dilma, pelo menos neste primeiro momento, somou forças com a defesa de Temer. É compreensível que a presidente deposta queira refutar acusações que considera injustas e infundadas e queira também demonstrar que Temer foi sócio da chapa em todos os sentidos, inclusive na arrecadação e nos gastos. Logo, tem tudo a ver com tudo. No curso do julgamento, entretanto, se a defesa de Dilma mantiver a opção pela delonga, semeará a suspeita de que a oposição também prefere que Temer fique no cargo até 2018, sem saber o que fazer com o Brasil, porque isso criaria um cenário mais favorável à vitória de Lula ou de outro candidato de oposição. O Brasil não merece. O Brasil talvez nem resista a mais um ano e sete meses de desgoverno e desconstrução.
Talvez um clamor muito grande por um basta, vindo de todo o Brasil, seja ouvido pelos juízes de Brasília.
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