Segunda-feira, 22 de maio de 2017 - 14h46
Por Fernando Brito, do Tijolaço - Quando notares, estás à beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés.
Os versos do Cartola poderiam servir de epílogo do chororô com que Aécio Neves se despede de sua antes moralista e afetada coluna das segundas-feiras na Folha.
Coisa de moleque, dizendo que, tadinho, foi vítima de “um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação”.
Ah, menos, menos. Só falta dizer que você é bonzinho e apenas se meteu com “más companhias”, feito um guri tolinho. Tome tenência, Aécio, você tem 57 anos e só é superado em ridículo porque Temer, ao 76, sai-se com esta história do “tolinho“.
Todo mundo sabe que entre Joesley Batista e a santidade há distância maior que do planeta Terra até Andrômeda.
Tratar com eles de assuntos de negócios públicos é legítimo: são, afinal, um dos maiores grupos privados brasileiros e uma potência mundial no setor de carnes e derivados.
Mas Aécio foi é falar de política, de ações para “estancar a sangria” da Lava Jato, em diálogos em que abundavam palavras que, noutros tempos, D. Risoleta Neves teria passado sabão na língua dos netinhos. Dizer que usou “um vocabulário que não costumo usar, e me penitencio por isso”, não trata do principal.
E o principal é que foi falar das indicações de delegados mais ou menos “amigos” pela Polícia Federal, segundo o grau de aquadrilhamento do investigado com Michel Temer.
A história de que foi pedir dinheiro para pagar advogados de sua defesa não explica porque a “bufunfa” foi apanhada por seu primo e entregue a asseclas de Zezé Perrela.
Depois, faz de “pobrezinha” sua irmã Andrea, que todos os mineiros, desde o neto de Tiradentes sabem, é sua mentora e executiva. Você tinha, Aécio, esta piedade quando ela mandava, sem cerimônia, degolar de seus empregos jornalistas mineiros que o desagradavam?
A seguir, continua se escondendo atrás de mulheres. Desta vez de sua mãe, dizendo estava vendendo o apartamento em que ela mãe mora, herança do seu falecido marido, oferecendo-o a empresários. Se estava vendendo, porque é que não estava, como todos fazem, vendendo no mercado? Ou empresários dariam o que Joesley diz que deu: um sobrepreço para legalizar uma “doação amiga”?
O pior, Aécio, é que antes de 2014, fora de Minas, você era um personagem que não despertava ódios.
Por oportunismo eleitoral, surtou-se como o moralista – má escolha para um notório boêmio como você – e, depois de perdê-las, berrou como um menino birrento, louco para quebrar o brinquedo que não ganhara nas urnas.
Você, mais que ninguém, criou e alimentou este clima de intolerância, de perseguição, de deduragem, de calúnia como forma de fazer a política que seu avô fazia com conversa.
Aécio Neves está sendo tragado pelo rodamoinho de ódio que ajudou como poucos a construir.
Ninguém lhe dará a mão, Aécio, porque o abismo é profundo, fatal, definitivo.
Quando notares, estás à beira do abismo, abismo que cavaste com teus pés.
Os versos do Cartola poderiam servir de epílogo do chororô com que Aécio Neves se despede de sua antes moralista e afetada coluna das segundas-feiras na Folha.
Coisa de moleque, dizendo que, tadinho, foi vítima de “um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação”.
Ah, menos, menos. Só falta dizer que você é bonzinho e apenas se meteu com “más companhias”, feito um guri tolinho. Tome tenência, Aécio, você tem 57 anos e só é superado em ridículo porque Temer, ao 76, sai-se com esta história do “tolinho“.
Todo mundo sabe que entre Joesley Batista e a santidade há distância maior que do planeta Terra até Andrômeda.
Tratar com eles de assuntos de negócios públicos é legítimo: são, afinal, um dos maiores grupos privados brasileiros e uma potência mundial no setor de carnes e derivados.
Mas Aécio foi é falar de política, de ações para “estancar a sangria” da Lava Jato, em diálogos em que abundavam palavras que, noutros tempos, D. Risoleta Neves teria passado sabão na língua dos netinhos. Dizer que usou “um vocabulário que não costumo usar, e me penitencio por isso”, não trata do principal.
E o principal é que foi falar das indicações de delegados mais ou menos “amigos” pela Polícia Federal, segundo o grau de aquadrilhamento do investigado com Michel Temer.
A história de que foi pedir dinheiro para pagar advogados de sua defesa não explica porque a “bufunfa” foi apanhada por seu primo e entregue a asseclas de Zezé Perrela.
Depois, faz de “pobrezinha” sua irmã Andrea, que todos os mineiros, desde o neto de Tiradentes sabem, é sua mentora e executiva. Você tinha, Aécio, esta piedade quando ela mandava, sem cerimônia, degolar de seus empregos jornalistas mineiros que o desagradavam?
A seguir, continua se escondendo atrás de mulheres. Desta vez de sua mãe, dizendo estava vendendo o apartamento em que ela mãe mora, herança do seu falecido marido, oferecendo-o a empresários. Se estava vendendo, porque é que não estava, como todos fazem, vendendo no mercado? Ou empresários dariam o que Joesley diz que deu: um sobrepreço para legalizar uma “doação amiga”?
O pior, Aécio, é que antes de 2014, fora de Minas, você era um personagem que não despertava ódios.
Por oportunismo eleitoral, surtou-se como o moralista – má escolha para um notório boêmio como você – e, depois de perdê-las, berrou como um menino birrento, louco para quebrar o brinquedo que não ganhara nas urnas.
Você, mais que ninguém, criou e alimentou este clima de intolerância, de perseguição, de deduragem, de calúnia como forma de fazer a política que seu avô fazia com conversa.
Aécio Neves está sendo tragado pelo rodamoinho de ódio que ajudou como poucos a construir.
Ninguém lhe dará a mão, Aécio, porque o abismo é profundo, fatal, definitivo.
Dos 66 anos que tenho hoje, mais de quarenta e cinco deles eu trabalhei como professor. Do interior da Paraíba, Estado onde nasci, passando por João
Próximo ao Carnaval deste ano, tivemos notícias de que teríamos mais dois hospitais na rede pública para atender a grande demanda reprimida que espe
Popularidade do governo Lula em queda livre
A popularidade do governo Lula entrou em queda livre. A cada pesquisa cresce a desaprovação à administração petista. Alguns institutos apontam para
Portugal na Final da Liga das Nações
Portugal 2 - Alemanha 1Uma Batalha de Glória e em glória no Tabuleiro de Esmeraldas onde o Baixo e o Alto se igualam (1) Sob o céu de Munique, num f