Segunda-feira, 13 de março de 2017 - 06h15
Professor Nazareno*
O Sudão do Sul é mais um dos países miseráveis do continente africano. Novo e desmembrado do Sudão, o país enfrenta muitas dificuldades. Com uma área territorial três vezes maior do que o Estado de Rondônia no norte do Brasil, o país africano tem uma população de quase 12 milhões de pessoas. Porém, as duas unidades territoriais guardam muitas semelhanças em vários aspectos. No Sudão do Sul é tudo muito atrasado, brega e bagunçado. Assim como no estado do Brasil. Estamos no século vinte e um nos dois lugares, mas parece que vivemos ainda na Idade Média. A violência no novo país da África é uma constante por causa das rivalidades tribais. Já em Rondônia a violência é por causa das drogas e da enorme concentração de renda. Nenhum turista do mundo teria coragem para visitar o país africano assim como o estado rondoniense.
Juba é a capital do Sudão do Sul. Com uns quinhentos mil habitantes a cidade é uma porcaria e apresenta problemas em todos os setores. Sem redes de esgotos, sem água tratada, sem transportes coletivos adequados, sem nenhum planejamento urbano, violenta e sem a menor possiblidade de um ser humano civilizado sobreviver por pouco tempo, a cidade se parece com Porto Velho, a capital dos rondonienses. Todos os políticos de Juba são ladrões, canalhas, interesseiros e mal feitores. Mas quase todos são adorados pela população e pelos estúpidos eleitores. O prefeito de Juba, um rico empresário que já abriu mão de seu salário semanal, costuma mandar para a Câmara de Vereadores da cidade projetos de leis na calada da noite para serem aprovados sem leitura e discussões pelos escroques, canalhas e ambiciosos vereadores analfabetos.
Recentemente na cidade de Ariquemes, interior de Rondônia, houve algo que fez tremer de inveja os líderes mais radicais daquele inóspito país africano. O prefeito da cidade e mais sete vereadores simplesmente censuraram livros didáticos que seriam distribuídos para as crianças da cidade. Os livros diziam apenas que existiam famílias diferentes da tradicional e traziam também outras informações sobre ideologia de gênero. As autoridades locais não gostaram do conteúdo e ameaçaram passar a tesoura nas páginas “amaldiçoadas e imorais”. Desrespeitando a Constituição, o MPF, o Ministério Público do Estado e os princípios mais elementares da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a cidade rondoniense dá um péssimo exemplo para a jovem democracia brasileira ao estimular abertamente a homofobia e o ódio contra minorias.
Porém as coincidências de Rondônia com o Sudão do Sul não param por aí. Nada funciona no nosso Estado. Até uma famosa banda de carnaval da capital é uma excrescência. Atrasada e produtora de toneladas de lixo urbano por onde passa, a agremiação carnavalesca foi barrada pela polícia no último desfile. A desorganização é geral. A apresentação dos blocos carnavalescos, por exemplo, ficou para abril num total desrespeito ao que dizem ser a cultura local. Juba está destroçada pela guerra civil que assola aquele país. Porto Velho também está destroçada, só que pela incompetência de suas autoridades. Obras inacabadas e eleitoreiras são cenas comuns nos dois lugares. Na capital do Sudão do Sul quase não há políticos. Em Porto Velho há, mas não servem para nada. Podridão e lixo são comuns aqui e lá. A mídia é quase toda comprada e a TV local só recentemente passou a exibir ao vivo seus programas. Rondônia, capital Juba.
*É Professor em Porto Velho
Dos 66 anos que tenho hoje, mais de quarenta e cinco deles eu trabalhei como professor. Do interior da Paraíba, Estado onde nasci, passando por João
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