Sexta-feira, 14 de outubro de 2016 - 10h44
"Parece que a economia brasileira está voltando à normalidade. Aos poucos o país está encontrando seu ritmo. O que não era normal era ver o país com inflação elevada, com o país em recessão, e o desemprego aumentando.”
Assim reagiu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quando soube, em Washington, na sexta-feira 7, que a inflação brasileira em setembro, medida pelo IPCA, havia ficado em 0,08% – abaixo das estimativas de mercado e abrindo espaço para reduções na taxa de juros.
No entanto, de tudo aquilo que “não era normal”, segundo Meirelles, apenas um objetivo foi alcançado, uma vez que o Brasil continua em recessão – que se aprofunda – e o desemprego não para de crescer, em todas as regiões do País. Aliás, é justamente essa pasmaceira econômica que explica a inflação baixa. Como já não há mais demanda na economia brasileira, os preços pararam de subir, num contexto de “paz no cemitério”.
O problema é que, até agora, nada se fez de concreto para enfrentar os problemas mais graves da economia brasileira, que são a retração da indústria e o desemprego. Em agosto, quando Meirelles já bradava a “volta da confiança”, a produção industrial caiu 3,8% no Brasil. Foi a queda mais intensa desde janeiro de 2012, que atingiu 21 dos 24 setores pesquisados e foi a 30.ª retração seguida na comparação com os dados do mesmo mês do ano anterior.
Diante desse cenário, o único remédio proposto pelo governo brasileiro é o congelamento de gastos públicos por 20 anos – uma medida polêmica que amarra as iniciativas não apenas deste governo, mas das quatro próximas gestões presidenciais e também não contribui para estimular a demanda interna.
Nesse ambiente de destruição completa, não é de estranhar que 20 estados da federação, o que inclui praticamente todos das regiões Norte e Nordeste, já estejam atrasando salários. No governo Temer, houve socorros federais apenas para Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – e este, segundo consta, já estaria pedindo novos recursos, cerca de R$ 14 bilhões, antes de uma intervenção federal que parece ser inevitável.
Aos poucos, o Brasil caminha para uma situação de falência total, em que vários estados decretarão calamidade pública. Foi esse o resultado de uma crise política iniciada no dia em que a presidente Dilma Rousseff foi reeleita e passou a ser sabotada por todas as forças interessadas no seu impeachment. Aos vencedores, o caos.
(artigo originalmente publicado na revista Nordeste)
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