Quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 - 08h36
*Orestes Muniz Filho
Dias atrás, trouxe à discussão a questão do crescimento do país e, em particular, de Rondônia.
Naquela oportunidade, disse que o crescimento de Rondônia é uma realidade e que a previsão é de um período de franco desenvolvimento durante o ano de 2010 e nos próximos.
Afirmei também que a grande questão que se coloca é: quem está preparado para aproveitar o “bom” momento da economia nacional? E em Rondônia? Quem está se beneficiando, ou seja, tirando proveito da situação ímpar por que passa o nosso Estado?
E indagava ainda: será que os rondonienses participarão dessa arrancada desenvolvimentista?
Algumas pessoas saberão se inserir neste processo porque estão qualificadas tecnicamente para desempenhar atividades reclamadas nas várias áreas da iniciativa privada e da administração pública. Entretanto, infelizmente, existem muitas pessoas que, por comodismo, falta de oportunidade, ou por questões econômicas, não cuidaram de adquirir o devido preparo que os habilitassem a estarem prontas para exercerem atividades, para as quais se exige conhecimento suficiente.
A palavra-chave, neste momento, é qualificação, ou seja, conhecimento técnico. Quem não estiver preparado tecnicamente irá participar do “bom momento”, apenas perifericamente, ou seja, poderá se beneficiar deste processo, porém, apenas por reflexo.
O “conhecimento técnico” é o único meio através do qual a pessoa poderá ser inserida no processo de desenvolvimento. E o “conhecimento técnico” só se obtém por meio da educação. Sem educação não se consegue a preparação adequada para participar do “bom momento”. Sem a devida preparação, o indivíduo sofre, enfrenta rejeições, não percebe as ofertas e fica dependente da boa vontade dos outros. A educação é libertadora, torna a pessoa titular de seu destino.
Analisar o processo de crescimento da economia, interpretá-lo e procurar se inserir nele é tarefa para quem sabe empreender e que consegue perceber as exigências do mercado. O indivíduo deve conhecer as exigências do mercado para se colocar a favor da corrente que leva ao crescimento.
Acredito que ainda há tempo para que as pessoas possam se qualificar para serem inseridas neste “bom momento” da economia.
Acredito também que é indispensável a criação de novos mecanismos de qualificação e ampliação das ofertas que levam ao “conhecimento técnico” para que os rondonienses participem mais decisivamente do processo de desenvolvimento do Estado.
As pessoas não devem ficar esperando pelos outros ou culpando alguém pelo seu despreparo. Devem correr para conseguir perceber a onda e nadar a favor da corrente.
* É advogado
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