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O bode expiatório


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Governos geralmente são perdulários. Adoram gastar dinheiro do contribuinte, sem dó nem piedade, e, o que é pior, gastam muito mal. E quando a conta entre o que se arrecada e o que se gasta não feche é preciso procurar um bode expiatório para tentar justificar o injustificável. “O inferno são os outros”, disse o pensador francês Jean-Paul Sartre. Afinal, é mais fácil apontar o dedo na direção do outro do que reconhecer as próprias fraquezas. Depois de meses queimando as pestanas, autoridades do executivo federal descobriram quem são os verdadeiros culpados pelo rombo no caixa do governo: servidores que recebem supersalários, os chamados marajás.

Quem entra no serviço público pelo critério da meritocracia sabe o quanto é difícil alcançar um nível de excelência profissional. Não é algo que se consegue de forma abrupta, como que num passe de mágica.  Os percalços são muitos. É preciso conhecimento, seriedade, comprometimento, inovação, proatividade, entre outras características, diferentemente de apadrinhados políticos, nomeados para o exercício de funções e cargos públicos sem nenhum conhecimento das atribuições dos postos de mando para os quais são indicados.

Esses servidores deveriam ser respeitados, valorizados e incentivados, pois eles desempenham um papel fundamental para o país e para a sociedade, e não expostos na mídia como um câncer que corrói as estranhas da administração pública, como se ganhar um excelente salário fosse uma espécie de maldição. Reconhecer o trabalho do servidor, por meio de condecorações, concessões de gratificações e aumentos salariais são formas de valorizar os que prestam serviços à máquina oficial. Infelizmente, alguns governantes preferem responsabilizá-los por tudo de ruim que acontece na administração pública, uma espécie de bode expiatório. 

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