Quinta-feira, 8 de julho de 2021 - 08h41
Tantos são os escândalos e
casos de corrupção de que se têm notícia na história política do Brasil que
chega a ser até difícil guardar todos na memória. Nos últimos dezoito anos, apenas
para mencionar os mais escabrosos, tivemos o mensalão, que deu seus primeiros
sinais de vida no início de 2004. O esquema foi responsável pelo desvio de
duzentos milhões de reais dos cofres públicos para alimentar parlamentares da
base aliada do governo Lula. Em 2009, pipocou o escândalo dos incentivos
fiscais, que gerou um prejuízo de um bilhão e trezentos milhões de reais em
impostos no caixa do tesouro nacional. Na esteira das bandalheiras, explodiu o
petrolão, em 2014, que mandou pelos ares a reputação de muita gente metida a
moralista. Apontado como um dos maiores esquemas de corrupção do mundo, a
picaretagem foi descoberta na Operação Lava Jato e, segundo os órgãos de
investigação, causou um rombo de quase quarenta e três bilhões de reais aos cofres
públicos.
Nos dias que correm, a palavra
da moda no meio político brasileiro é rachadinha, cuja prática consiste na
transferência de parte ou de todo o salário do assessor para o parlamentar, a
partir de um acordo político pré-estabelecido como uma exigência para o
exercício da função pública. Curiosamente, setores da mídia resolveram tratar o
assunto como se fosse alguma coisa inédita, mas os registros dessa modalidade
de crime são antigos e abundantes. Se comparada a essas e outras pilantragens,
a rachadinha, em termos de prejuízos ao erário, equivaleria ao preço de um
cafezinho, o que não diminui em nada a gravidade do delito. O caso só ganhou proporções
quilométricas porque o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro aparece no
meio da tempestade. Ele é acusado de contratar funcionários fantasmas que lhe
devolviam parte dos salários quando era deputado estadual pelo estado do Rio de
Janeiro. É um risco acreditar, porém, que a prática da rachadinha só existiu na
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Dias atrás, o jornalista Sérgio Pires
botou o dedo na ferida, colocando sob suspeição uma Casa de Leis. Escreveu com
a experiência de quem conhece o chão onde pisa, o que, provavelmente, deve ter
despertado a curiosidade dos órgãos de fiscalização e, de quebra, deixado muita
gente com a pulga atrás da orelha.
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