Domingo, 12 de fevereiro de 2017 - 19h08
João Antonio Pagliosa
Parece coisa simples, entretanto, esta decisão determinará se você será vencedor ou perdedor.
É você cheio de si mesmo? É você aquele que se garante, e considera que com a força de seu braço, resolve todas as situações que se lhe apresentam? É você daqueles que pensam lá no seu íntimo: Ah, se eu não estivesse aqui, para solucionar todas estas pendengas, desta empresa que sirvo ou administro? É você daquele tipo que crê assim: Como esta empresa precisa de mim… Mas, enfim, como é bom estar presente aqui, sou útil com todos os meus conhecimentos.
Muitos empresários e muitos funcionários pensam assim, e por inflar seu ego e superestimar seu desempenho profissional, não visualizam o talento e o potencial de seus colaboradores ao seu redor. Concomitantemente eles não percebem seus defeitos e suas limitações. Para estas pessoas o talento de seus subordinados é um mero efeito colateral. Para estas pessoas os seus defeitos e limitações são minimizados ao extremo, afinal, raciocinam assim: “Eu sou o cara…”
Por assim raciocinar, não conseguem aquilatar o verdadeiro potencial de seus colaboradores e consequentemente os remuneram mal. Ora, funcionários que percebem que são remunerados aquém do que merecem, respondem produzindo aquém do que esperam dele. Então o patrão coopera para empobrecer o funcionário e o funcionário coopera para empobrecer o patrão. É um círculo vicioso.
É um círculo vicioso e perigoso, e muitas empresas de todos os portes já faliram, e estão falindo em função disso. Conheço algumas delas e o problema crucial é recorrente e acontece apenas onde o homem, criatura de Deus está presente. Nunca ocorre onde o homem, filho de Deus está presente. A diferença reside no fato que criatura de Deus desobedece. Filho de Deus obedece e segue a palavra.
Quando alguém se infla, isto é, se enche de si mesmo, preocupa-se consigo mesmo em primeiro lugar e, portanto, já está derrotado.
Quando alguém se esvazia de si mesmo, preocupa-se em servir o outro, não tem tempo de olhar para seu próprio umbigo, não tem tempo a perder com as suas próprias aflições. A ele, urge primeiro as aflições do outro, portanto, já é um vitorioso.
Deus honra a quem o honra, por consequência tudo o que fizer de útil e bom a seu próximo, terá recompensa no mínimo dobrada. Por isso, seja esperto, seja inteligente, baixe seu narizinho e esvazie-se de si mesmo. Vou avisando que não é tarefa simples…, mas a recompensa não tem preço.
Attilio Fontana, fundador da Sadia, ensinou a trilogia homem-terra-técnica, ou seja, a Sadia para ter sucesso precisa dar atenção ao homem em primeiro lugar, a terra que sustenta toda a riqueza em segundo lugar e a técnica (estudo, aprimoramento), em terceiro lugar. Estava, como sempre, “up to date”, ou atualizadíssimo. De banco de escola, um semi-analfabeto, porém um auto-didata, um gênio, um sábio, um homem temente a Deus.
Quase cinquenta anos depois de sua fundação, a Sadia, implementou a ferramenta “Qualidade Total”, algo maravilhoso quando executado de “fio a pavio”. Na Sadia esta ferramenta ajudou pouco porque os executores do programa olvidaram o homem e não premiaram as competências. Seus egos eram e continuam hiper inflados e esqueceram até a trilogia de seu fundador. Deu no que deu.
Attilio era homem vazio de si mesmo. Assim era também seu braço direito, e incansável trabalhador, chamado Romano Anselmo, que ia para a empresa de fusquinha enquanto todos os demais diretores da Sadia Concórdia iam com seus Chevrolet Diplomata, o sonho de consumo dos homens da época.
João Domingos, filho de Ancelmo, quase três anos atrás, me confidenciou: “Sabe primo, o teu tio Ancelmo nunca se considerou parceiro do tio Attilio, ele sempre se considerou empregado dele.”
E Ancelmo serviu ao Attilio e a Sadia até sua morte ocorrida em 1987. Serviu até o fim e gostaria e ansiava parar, mas perseverou e perseverou até o fim.
Estes dois homens eram vazios de si mesmos, e marcaram época, e deixaram marcas, e deixaram legados, e deixaram fortunas. Devem estar nos olhando e confidenciando um ao outro: Puxa, como estão confusas as coisas lá em baixo, sem a gente… Bem, nós fizemos o que tinha que ser feito, como Paulo, nós combatemos o bom combate.
Esvaziar-se é simples: Quebrante-se diante de DEUS, e saiba que é apenas pó sem ele.
Sirva e será servido. Doe até doer, aí será galhardoado, de uma forma inimaginável.
Este escriba apenas referenda o que a Bíblia ensina. Com saudades do Attilio e do Ancelmo. Mas eu sei que vamos nos encontrar!
(*) João Antonio Pagliosa é engenheiro agrônomo.
Curitiba, 12 de fevereiro de 2017
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